O elenco do Palmeiras deixou o estádio Campeón del Siglo, em Montevidéu, satisfeito pela vitória por 3 a 2 sobre o Peñarol,
pela Copa Libertadores, e feliz também pela integridade física. Os
jogadores dos dois times se envolveram em um conflito generalizado após o
apito final na noite desta quarta-feira e o time brasileiro contou com a
ajuda dos seguranças do clube para não ser agredido.
O zagueiro colombiano Mina criticou a violência dos
uruguaios. "Se ganhássemos, sabíamos que seria assim. O time está
tranquilo. Depois, se tiver de brigar, brigamos. O Peñarol não sabe
perder, mas entendo a raiva. Se vierem brigar, brigamos. Somos unidos
para o que seja e somos uma grande família", afirmou o defensor em
entrevista às emissoras de televisão.
Mina afirmou que a organização do estádio fechou o
portão de acesso ao vestiário e dificultou, assim, a fuga do Palmeiras
para evitar a briga. O atacante Willian ficou com um ferimento no rosto
após o conflito e o volante Felipe Melo deu um soco em Mier, reserva do
Peñarol, quando tentava deixar o campo. Nas arquibancadas, as duas
torcidas também brigaram.
"Procuramos ficar juntos, mas estava difícil.
Ficamos pressionados no portão, mas não demorou e depois abriu. Forçamos
e fomos para o vestiário. De certa forma, esperava isso, mas ficamos um
pouco desprotegidos", explicou o lateral Jean, que elogiou o trabalho
dos seguranças do clube. O Palmeiras levou ao Uruguai cerca de 20
profissionais apenas para cuidar da integridade dos atletas.
Além de criticar a confusão, o goleiro Fernando
Prass também lamentou a publicação de boatos na imprensa sobre o
ambiente ruim no elenco.
"Não sei é pegar pesado, mas às vezes as pessoas
são oportunistas. Quando se ganha, falam que o grupo está unido. Aí, se
perde, as pessoas aproveitam o momento de fragilidade para criticar.
Discussão, algum atrito, sempre vai ter. Isso é normal no futebol",
comentou.