Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da Copa América,
afirma que o árbitro Andrés Cunha não deverá mais atuar após validar
gol de mão do peruano Ruidíaz que eliminou o Brasil. “Foi um lance
difícil, mas o toque de mão existe. Foi um lance ilegal. A ideia é
preservá-lo e preservar também o torneio”, diz o brasileiro.
Membros da comissão de Arbitragem da Conmebol, por outro lado,
defenderam a conduta de Cunha. “O árbitro Cunha está perfeito. Ficou
três minutos e cinquenta e oito segundos tentando ser o mais equânime
possível e terminou marcando o que viu. E ele não viu infração. O
regulamento diz que os acertos ou erros do árbitro são parte do jogo”,
afirmou o argentino Miguel Scime.
Seneme concorda que o procedimento foi correto. O tempo necessário
para a decisão não foi um problema, na visão do presidente. “A instrução
é que usem o tempo que acharem necessário para tomarem a decisão”, diz.
Logo após a eliminação, Dunga criticou a demora. “Passou no telão,
foi mão clara. Eles estavam falando com quem? Não precisavam da
comunicação por rádio, estavam os quatro juntos. Quem estava sendo
consultado? De que forma? Isso é bastante estranho”.
Seneme nega interferência externa. A consulta ao vídeo ainda está em
fase de testes com autorização da International Board, mas não na Copa
América. “Não houve comunicação nenhuma dos árbitros com pessoas de
fora. Os rádios são codificados”, diz o brasileiro. “Os cinco elementos
da arbitragem não estavam em campo. A comunicação foi feita entre eles”,
completou.