Evandro Leitão revela dívida de R$ 1,5 bilhão da Prefeitura de Fortaleza
O prefeito eleito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), revelou na manhã desta sexta-feira (27) uma dívida de R$ 1 bilhão em empréstimos e operações de crédito contraídas pela gestão do atual prefeito Sarto (PDT), cujo mandato se encerra em 31 de dezembro.
O valor deverá ser quitado pela administração municipal ao longo de 2025. Além disso, há uma dívida de R$ 400 milhões em inadimplência e mais R$ 100 milhões do Hospital Instituto Dr. José Frota (IJF).
As informações foram divulgadas durante coletiva de imprensa.
Evandro Leitão destacou que os recursos foram obtidos por meio de acordos com bancos nacionais. Segundo ele, as taxas de juros e condições desses contratos são menos favoráveis do que as oferecidas por instituições financeiras estrangeiras.
"Fortaleza tem uma operação de crédito de R$ 3,2 bilhões para os próximos quatro anos. Em relação a fornecedores, já identificamos cerca de R$ 400 milhões em inadimplência para 2025, com valores empenhados como saldo de dívida.
Além disso, há informações de dívidas que não foram empenhadas ou que foram canceladas.
A situação é ainda mais grave do que imaginávamos", afirmou o prefeito eleito.
Ainda durante a coletiva, Evandro Leitão também relatou dificuldades na área da Saúde.
Entre os problemas citados pelo prefeito eleito estão uma dívida de cerca de R$ 100 milhões do IJF e também atrasos no pagamento de prestadores de serviços. Segundo o prefeito eleito, médicos emergencistas enfrentam atrasos salariais superiores a seis meses, com valores não empenhados pela gestão atual.
"Hoje, não conseguimos dimensionar com clareza o tamanho da dívida devido à ausência de informações completas. Mas, preliminarmente, identificamos que o IJF acumula uma dívida de cerca de R$ 100 milhões, que pode ser ainda maior", afirmou.
O futuro prefeito também criticou as condições de atendimento em unidades de saúde da cidade, com destaque para os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). "A Saúde de Fortaleza está em um caos. Os Caps estão sucateados, sem profissionais suficientes, e as estruturas físicas não permitem um atendimento digno à população", disse Evandro Leitão.
FONTE CN7