Foto Mariia Korneeva/Shutterstock |
Dormir
menos horas do que o necessário não nos deixa apenas cansados no dia
seguinte: a privação de sono pode aumentar a ansiedade, piorar o humor e
alterar todo o funcionamento emocional. A conclusão é de um estudo
publicado no periódico Psychological Bulletin, da American Psychological Association.
Para
chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram mais de 50 anos de
pesquisa sobre privação de sono e humor. Ao todo, a revisão sistemática
incluiu 154 estudos, envolvendo 5.715 participantes. Em todos esses
trabalhos, os autores interromperam o sono dos participantes por uma ou
mais noites para avaliar o impacto da privação do sono no afeto positivo
ou negativo, nos distúrbios gerais de humor, na reatividade emocional e
nos sintomas de ansiedade e depressão.
Em
alguns experimentos, os participantes foram mantidos acordados por um
longo período (privação total de sono). Outros tiveram uma quantidade de
sono menor do que o normal (restrição parcial) e outro grupo foi
acordado periodicamente durante a noite (fragmentação constante).
Cada
estudo também avaliou pelo menos uma variável relacionada à emoção após
essas manipulações do período do sono — entre elas, o humor
autorrelatado e a resposta dos participantes aos sintomas de depressão e
ansiedade.
A
nova revisão aponta evidências de que períodos de vigília prolongada,
duração reduzida do sono e despertares noturnos influenciam
negativamente o funcionamento emocional. Isso significa que todos os
três tipos de perda de sono (privação total, parcial ou sono
fragmentado) resultam em menos emoções positivas — como alegria,
felicidade e contentamento — e mais sintomas de ansiedade, elevação da
frequência cardíaca e preocupação.