O acidente vascular cerebral (AVC) e o infarto são as doenças cardiovasculares responsáveis pelo maior número de mortes no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 17,3 milhões de pessoas são vítimas desses problemas de saúde por ano, sendo 300 mil somente no Brasil. Apesar de terem fatores de riscos e gravidade semelhantes, existem diferenças entre o AVC e o infarto. Continue a leitura e saiba quais os sinais e sintomas de cada uma das doenças, as causas e como preveni-las.
O infarto acontece quando o fluxo sanguíneo dos vasos que levam o sangue ao coração fica bloqueado, impedindo que o oxigênio chegue até o órgão. Quando isso ocorre, parte do músculo cardíaco sofre danos ou morre. A principal causa do infarto é a arteriosclerose, uma doença causada pelo acúmulo de placas de gordura no interior das artérias, que se calcificam e fazem com que a passagem do sangue fique cada vez mais prejudicada.
Cerca de 20% dos infartos são silenciosos e a pessoa só descobre o caso em exames de rotina. Mas, durante o episódio, é comum manifestar alguns dos seguintes sinais e sintomas:
Dor, pressão e/ou aperto no peito;
Sensação de formigamento no braço esquerdo, que pode irradiar para o pescoço, axila, costas e mandíbula;
Dor e/ou queimação no estômago;
Mal-estar;
Sudorese;
Falta de ar;
Enjoo;
Tontura;
Tosse seca.
O AVC acontece quando uma artéria que leva sangue ao cérebro é bloqueada ou rompida, causando danos a partes do órgão. Existem dois tipos de AVC: o isquêmico, quando o fluxo sanguíneo é impedido por um coágulo e parte do cérebro fica sem sangue, e o hemorrágico, quando uma artéria se rompe e causa hemorragia em parte do tecido cerebral.
Devido ao dano cerebral causado pelo AVC, a pessoa pode perder a capacidade de realizar movimentos ou executar atividades que são controladas pela área do cérebro acometida. Os sinais e sintomas que podem indicar um AVC são:
Dor de cabeça forte, de início súbito;
Dormência ou perda de força na face e/ou membros superiores e inferiores, geralmente em um só lado do corpo;
Dificuldade ou incapacidade em se movimentar;
Perda da fala ou dificuldade em se comunicar;
Perda da visão ou dificuldade em enxergar com um dos olhos ou ambos;
Vômito;
Confusão mental.
Tontura;
Perda de consciência.
Tanto o AVC quanto o infarto são causados por obstruções em artérias, portanto, estão relacionados a fatores de risco que contribuem para a perda de saúde da circulação. São eles:
Tabagismo - estima-se que 20% dos casos de AVC têm relação com o hábito de fumar. O risco de um derrame em fumantes é duas vezes maior do que em pessoas que não fumam. Além disso, qualquer tipo de tabaco estimula a produção de placas de gordura no interior das artérias, sendo um fator de risco para infarto.
Hipertensão - é o principal fator de risco para o acidente vascular cerebral e o infarto pois aumenta a pressão com que o sangue flui dentro das artérias e contribui para que as paredes das mesmas se tornem mais rígidas.
Má alimentação - o consumo de alimentos ricos em gorduras trans, saturadas e colesterol contribui para o aumento do colesterol LDL, popularmente conhecido como “colesterol ruim”, que é o responsável pela formação de placas de gordura no interior das artérias. O abuso de sódio na dieta influencia no aumento da pressão arterial, assim como excesso de calorias contribui para a obesidade, importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Sedentarismo - o risco infarto é duas vezes maior em pessoas sedentárias quando comparadas com outras que praticam exercícios físicos. O sedentarismo contribui para o aumento dos níveis de gordura na circulação sanguínea.
Colesterol alto - níveis elevados de colesterol LDL (colesterol ruim) e baixos do colesterol HDL (colesterol bom) são fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Obesidade - sobretudo a obesidade abdominal, que acumula gordura visceral, está relacionada a um risco 2,5 vezes maior para infarto, além de contribuir para o desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares e metabólicas.
Uso de alguns medicamentos - anticoncepcionais, principalmente associados a outros fatores de risco, como obesidade e tabagismo, podem aumentar o risco de trombose, AVC e infarto.
Idade - pessoas com mais de 55 anos possuem maior propensão ao AVC. No caso do infarto, o risco começa a aumentar a partir dos 40 anos para os homens, e a partir da menopausa para as mulheres.
Histórico familiar - pessoas que possuem parentes próximos com histórico de doenças cardiovasculares têm risco aumentado para desenvolvê-las também.