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Cicero
Roberto da Silva foi condenado a 66 anos e 15 dias de prisão por matar a
ex-mulher e a amante, em Iguatu, no interior do Ceará. O crime
aconteceu em janeiro do ano passado. Ele disse para a polícia que matou a
ex-esposa em razão de divergências acerca da divisão de bens do casal e
a amante por estar "lhe perturbando demais".
Ele
foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado, porte ilegal de
arma e feminicídio. Além das duas mortes, Cícero também tentou matar um
ex-sócio. Ele tinha união estável com Antônia Evaneide Fernandes, de 47
anos, que descobriu uma traição, foi ameaçada de morte e terminou o
relacionamento.
No
dia do crime, o acusado foi à casa onde a vítima morava e, após uma
conversa por disputa de bens, atirou contra a mulher, que morreu no
local.
Em
seguida, ele encontrou a segunda vítima, Jucicleide Alves Bezerra, de
44 anos, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal. Após ser
atingida por tiros, ela foi socorrida, mas morreu no hospital.
Na
sequência, o réu foi até uma lan house onde o ex-sócio, um homem de 34
anos, trabalhava e também atirou contra ele, que conseguiu fugir sem ser
atingido.
Após
algumas horas, o réu foi preso pela Polícia Civil com a arma usada nos
crimes, 29 munições, um estojo e uma camisa ensanguentada. Em depoimento
na delegacia, ele confessou os crimes.
A
pena deve ser cumprida em regime fechado, por dois homicídios
qualificados, praticados em razão de as vítimas serem do sexo feminino
(feminicídio), de forma premeditada e por motivo fútil; por porte ilegal
de arma de fogo; e por tentativa de homicídio contra o ex-sócio.