A
Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) confirmou a presença do vírus
oropouche no feto de uma gestante, de 40 anos, que teve perda
gestacional na região do Maciço de Baturité, no início deste mês.
Contudo, o Ministério da Saúde (MS) ainda investiga se a doença foi a
causa da perda gestacional e o Estado aguarda os resultados dos
exames.Foto: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical/Divulgação
Até a última semana, o Estado registra 171 casos confirmados da doença transmitida pelo mosquito maruim.
"Foi
confirmada a febre oropouche no caso da gestante, mas somente este.
Estamos acompanhando e esperamos que, com a diminuição das chuvas, haja
uma queda dos casos", frisa a titular da Sesa Tânia Coelho.
O MS possui
critérios rigorosos para apontar a causa da perda gestacional e a
Secretaria do Estado contribui com o envio de amostras.
O
caso investigado é de uma mulher que estava grávida de 34 semanas e foi
transferida do Maciço de Baturité para Fortaleza, mas que teve a
interrupção da gestação. Quando a informação foi divulgada, a paciente
se encontrava com quadro de saúde estável.
"De
fato, a transmissão vertical foi confirmada, porque o exame dos órgãos
do bebê tinha a presença do vírus. O que não está confirmado pelo
Ministério da Saúde é se os achados neste caso são suficientes para
afirmar se a oropouche foi a responsável pela morte", acrescenta
secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antônio Silva Lima
Neto.
Ainda
não há uma previsão divulgada para os resultados dos exames, mas o
secretário aponta que a tendência é de que os números de casos reduzam
com o fim da quadra chuvosa. "São todos casos de mata úmida, mesmo em
ambiente de serra, e isso quer dizer que não há um movimento da epidemia
para fora do habitat desse mosquito", completa