Foto Tânia Rêgo / Agência Brasil |
A proporção da população cearense que se identifica como preta, parda ou indígena aumentou entre os Censos Demográficos de 2010 e 2022. No mesmo período analisado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve redução no percentual da população autodeclarada branca e amarela. Essa dinâmica acompanha o que ocorre ao se analisar os dados da totalidade do País.
O maior aumento ocorreu na população que se identifica como indígena segundo o quesito raça ou cor. O total dessas pessoas mais que dobrou e passou de 0,2% da população cearense (19.336) para 0,5% (39.982).
Em agosto de 2023, o Diário do Nordeste publicou o levantamento do Censo 2022 específico sobre a população indígena. Mais abrangente e com números maiores, aquela divulgação também inclui quem mora em localidades indígenas e declarou que se considera indígena, além da autodeclaração pelo quesito “raça ou cor”.
Em seguida, aparecem as pessoas que se declaram pretas, cujo número aumentou em 51,7%. Em 2010, essa parcela correspondia a 4,6% (392.733) da população do Ceará e passou para 6,8% (595.694) no levantamento seguinte.
Já entre os pardos, que nos dois anos corresponderam à maioria da população cearense, a variação do número de pessoas foi mais discreta, de 8,8%. Considerando o percentual dessa categoria na população geral do Estado, esse grupo passou de 61,9% (5.230.214 pessoas) em 2010 para 64,7% (5.690.973 pessoas) em 2022