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Em manifestação publicada na última sexta-feira (6), o Ministério Público Eleitoral (MPE) deu parecer favorável a desfiliação do deputado estadual Evandro Leitão do PDT. Evandro é atualmente presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), e ganha segundo o parecer do MPE o direito de deixar a sigla sem que isso traga prejuízos ao seu mandato, ou seja, ele garante a manutenção do cargo.
Isso somente é possível, porque na interpretação do parecer não houve por parte do político ato de infidelidade partidária.
O documento toma como base legal o que está posto no artigo 17 da Constituição Brasileira, e que em sei inciso 6 garante que político eleito possa deixar a agremiação sob autorização expressa. E Leitão obteve uma carta de anuência do PDT Ceará ainda em agosto, quando o partido estava sob comando o senador Cid Gomes.
Evandro alega que desde o pleito de 2022 vem sofrendo uma série de retaliações e perseguições internas, e aponta essa situação como aspecto de impossibilidade de sua permanência no PDT. Leitão manteve-se alinhado ao ex-governador Camilo Santana (PT) nas eleições do ano passado, em confronto com que o foi definido pelo PDT em âmbito local.
Observa-se que a carta de anuência dada pro Cid a Evandro Leitão foi responsável por aumentar as tensões no PDT, que na semana passada viu o presidente nacional da legenda destituir o então presidente estadual, Cid Gomes, e em seguida instaurar uma comissão provisória.