terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Tremores continuam após terremoto na Síria e na Turquia; mortes ultrapassam 7 mil

Tremores destruíram comunidades e deixaram dezenas de milhares de feridos e desabrigados

 Terremoto matou mais de sete mil pessoas e deixou tantas outras feridas (AP Photo/Khalil Hamra)


Terremoto matou mais de sete mil pessoas e deixou tantas outras feridas (AP Photo/Khalil Hamra)

Tremores continuam sendo sentidos depois do terremoto que atingiu a Síria e a Turquia na última segunda-feira (6), deixando milhares de mortos.

Segundo informações da imprensa internacional, o abalo foi seguido de 71 tremores secundários, além de 15 réplicas, até a tarde desta terça-feira (7).

A maior parte dos tremores secundários se concentrou no território turco, especialmente na região de Adana. Mas o território de Alepo, na Síria, também foi atingido.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o terremoto é o pior desde o registrado na mesma região em 1939, responsável por vitimar mais de 30 mil pessoas.

Os "mini tremores"

É comum que grandes terremotos sejam seguidos por tremores secundários. Em 1939 esse fenômeno também aconteceu.

Além disso, o terremoto na Turquia foi raso, ou seja, o epicentro, ponto da superfície onde o terremoto é sentido pela primeira vez, foi a 10 quilômetros da superfície, uma profundidade considerada baixa, muito próxima ao solo.

Quando isso acontece, é ainda mais provável a ocorrência de réplicas, diferentemente de quando o terremoto é mais profundo, com epicentros maiores que 30 quilômetros de profundidade.

Destruição. Depois do tremor de 7,8 graus na escala Richter, houve:

  • Um tremor de magnitude 6,7 graus, 11 minutos depois;

  • Um tremor de magnitude 7,5 graus, horas mais tarde.

Soma-se a isso o fato de que o abalo sísmico liberou energia equivalente a 32 petajoules, quantidade suficiente para abastecer a cidade de Nova York, nos Estados Unidos, por mais de quatro dias.

Mortes chegam a sete mil

Autoridades locais confirmaram que o número de vítimas fatais dos terremotos ultrapassou sete mil na tarde desta terça (horário de Brasília).

O vice-presidente da Turquia, Fuat Oktay, explicou que oito mil pessoas já foram retiradas dos escombros e 20 mil estão ajudando nos trabalhos de resgate.

A retirada das vítimas, no entanto, está acontecendo de forma mais lenta do que se esperava, justamente pelo perigo causado por esses tremores secundários.

Dezenas de milhares de pessoas ficaram feridas por conta dos terremotos, e outras tantas ficaram desabrigadas em meio ao rigoroso inverno local.