Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Arthur Lira (PP) foi reeleito nesta quarta-feira (1º) presidente da Câmara dos Deputados pelos próximos dois anos. Com o apoio de um bloco parlamentar que reuniu 20 partidos, incluindo duas federações, ele obteve 464 votos, a maior votação absoluta de um candidato à presidência da Câmara Federal nos últimos 50 anos.
Na recondução à presidência da Câmara, Lira foi apoiado pelo bloco PT, PCdoB, PV PL, União Brasil, PP, MDB, PSD, Republicanos, PSDB, Cidadania, Podemos, PSC, PDT, PSB, Avante, Solidariedade, Pros, Patriota e PTB. A disputa contou ainda com outros dois candidatos: Chico Alencar (Psol), que obteve 21 votos; e Marcel Van Hattem (Novo), que foi apoiado por 19 parlamentares.
O número de votos recebidos pelo presidente reeleito é bem maior que o recorde anterior, que pertencia a dois ex-deputados. Antes de Lira, as vitórias mais folgadas pertenciam a Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), eleito presidente em 1991 e 1992, e João Paulo (PT-SP), 2003 e 2004. Ambos foram eleitos com 434 votos, 30 a menos que o atual presidente da Câmara.
Em seu pronunciamento após a recondução ao cargo, Lira disse que buscará uma relação sem subordinação com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e tentará firmar um pacto para aprimorar e avançar nas políticas públicas. Segundo ele, isso será possível a partir da escuta cuidadosa de opiniões e sugestões das comissões da Câmara.
“Podemos ter adversários, mas não somos inimigos uns dos outros. Essa vai ser a tônica da Câmara nos próximos anos”, afirmou.