O decreto de combate à pandemia da Covid-19 no Ceará, publicado no último dia 15 de janeiro, trouxe a obrigatoriedade do uso de máscaras do tipo N95, PFF2 ou similares a partir desta segunda-feira (24). O equipamento é considerado por especialistas como mais adequado para proteção contra a variante Ômicron.
De acordo com o decreto estadual, esse tipo de proteção é obrigatória para "trabalhadores que atuam na área da saúde, além de funcionários de farmácias, de supermercados e de escolas que mantenham contato direto com o público".
O médico Rodrigo Astolfi explica que a PFF2 ou N95 filtra melhor as partículas de vírus, tornando mais difícil a contaminação.
"Os espaços por dentro da máscara são tão apertados que até as partículas de vírus ficam retidas na máscara, ela é a única que tem essa propriedade. A N95 serve para te proteger, quando você inala o ar, ela funciona como um filtro e barra as partículas de vírus".
Rodrigo Astolfi
médico
FALTA NO MERCADO
Contudo, representantes das categorias para qual o uso é obrigatório relatam que o equipamento de proteção individual (EPI) não é achado facilmente.
"Nós não estávamos preparados para isso, o mercado não tem esse produto com tanta disponibilidade", alega o presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Nidovando Pinheiro.
A situação é confirmada pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (Sincofarma), Fábio Timbó, que diz não ter máscaras N95 suficiente para atender ao decreto.