O
senador Cid Gomes (PDT) não está fora do páreo para a disputa de
governador no ano que vem. Pelo menos é o desejo de prefeitos do PDT
ouvidos pela coluna.
Nos
encontros regionais que a sigla tem feito no interior cearense — como
forma de consulta às bases sobre o nome em comum para a sucessão de
Camilo Santana em 2022 — Cid tem sido provocado sobre a possibilidade.
Isso
porque o entendimento interno é que a escolha do nome vai passar pela
eleição presidencial e de como as disputas ao Planalto devem interferir
em âmbito local — o que inclui a popularidade do presidente Jair
Bolsonaro até meados de 2022 e a posição do PT com a quase certa
candidatura de Lula.
O
que se fala nos bastidores é que um dos parâmetros a ser considerado
para a definição do nome é o perfil de enfrentamento ao propenso
candidato da oposição, o deputado federal Capitão Wagner (Pros).
Entusiastas
de um retorno de Cid à Abolição, gestores pedetistas confessaram à
coluna que o partido possui "bons nomes" para as eleições do ano que
vem, mas que o desejo mesmo é por uma candidatura de Cid. Ele, segundo
pedetistas, teria o perfil ideal para esse enfrentamento.
Entre
os pré-candidatos do PDT à sucessão de Camilo estão o ex-prefeito
Roberto Cláudio, a vice governadora Izolda Cela, o secretário de
Planejamento, Mauro Filho, e o presidente da Assembleia Legislativa,
Evandro Leitão.
Aos
prefeitos, porém, o senador tem declinado da possibilidade. Cid já
declarou publicamente, inclusive, que não disputa mais eleições quando
encerrar o mandato em Brasília. Ao que parece, o trabalho de bastidor
interessa mais ao ex-governador.
MAURO X EVANDRO
Em
meio a uma agenda intensa como governador em exercício, Evandro Leitão
precisou dividir as atenções com um adversário interno durante evento de
homenagem aos prefeitos na noite da última terça-feira (26).
Evandro
reuniu cerca de 50 prefeitos para homenageá-los na Assembleia
Legislativa. O evento, claro, serviria também para aproximar o deputado
de nomes do interior que podem ser fundamentais para a escolha do
pedetista na disputa do ano que vem.
O governador em exercício, porém, não teve tanto espaço assim no evento para as conversas de pé de ouvido com os gestores.
Mauro
Filho, que segue no páreo para a sucessão de Camilo, chegou ao evento
antes mesmo do presidente da Assembleia e tratou de fazer o jogo
político na "casa" do adversário.