O
senador cearense Tasso Jereissati (PSDB) é um dos quatro nomes
escolhidos pelo PSDB para disputar as prévias do partido. A corrida
interna na sigla define quem poderá representar os tucanos nas eleições
presidenciais do próximo ano. Além de Tasso, concorrem os governadores
João Doria (São Paulo) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e o
ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto.
Mesmo
antes da confirmação oficial, a disputa interna do tucanato já vinha
cercada de turbulência. João Doria e Eduardo Leite travam os embates
mais intensos, já que são os dois nomes mais cotados pelo partido.
Nesta
polarização, Tasso tem maior proximidade com o governador gaúcho, tanto
que, no mês passado, durante jantar em Brasília, os dois chegaram a
discutir a possibilidade de lançar uma chapa única. À época, Leite
garantiu que não haveria enfrentamento entre ele e o cearense.
Apesar
de ser um nome de peso no PSDB e ter se fortalecido no cenário da
pandemia, o senador cearense não tem circulado em busca de apoio,
diferentemente de Leite e Doria.
O
paulista tem se dedicado a uma intensa agenda para tentar obter maioria
de votos entre filiados e políticos de seu partido na disputa interna.
Levando em conta a quantidade de tucanos que poderão votar, o diretório
de São Paulo tem 24,2% dos eleitores.
ENTENDA AS PRÉVIAS
Nas
prévias, poderão votar filiados (grupo 1): prefeitos e vice-prefeitos;
(grupo 2): vereadores e deputados estaduais; (grupo 3): deputados
federais, senadores, governadores, vice-governadores, presidente e
ex-presidentes da executiva nacional (grupo 4). Cada grupo terá 25% de
influência no resultado.
Eduardo
Leite também mantém uma intensa agenda de viagens pelo País,
principalmente para Brasília e São Paulo, base eleitoral de Doria. Uma
das esperanças do gaúcho para superar a vantagem do diretório de São
Paulo é o apoio do PSDB de Minas Gerais. O diretório, sob o comando do
deputado federal Aécio Neves (PDSB), é o segundo maior do Brasil,
totalizando 12,4% do peso nas prévias.