quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Pão deve ficar mais caro no Ceará com influência de fatores externos

O mercado de pães, panificadoras e padarias tem sofrido bastante com a pandemia do novo coronavírus, mesmo fazendo parte do setor de alimentos – um dos poucos que cresceu durante a crise.

A explicação, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria no Estado do Ceará (Sindipan), Ângelo Nunes, está na flutuação de preços de insumos importantes para a produção dos pães, que levou empresas a cortar margens de lucro. E a previsão, projeta ele, é que os preços continuem aumentando até o fim do ano.

Com os mercados globais desregulados pela pandemia do novo coronavírus, o preço de itens como farinha, chocolate, carne e o trigo, principal insumo, além de outros alimentos usados para a produção dos vários tipos de pães no Ceará, vêm sendo afetados, e os custos das padarias e panificadoras aumentaram consideravelmente, segundo Nunes.

Conforme o presidente do Sindipan, os custos para produção da farinha de trigo, usada no pão, foram elevados em cerca de 50%, enquanto outras etapas dessa linha de montagem das panificadoras também acumularam aumentos substanciais para as empresas.

Essas flutuações foram responsáveis por gerar um aumento médio de 15% a 20% no preço de pães no mercado cearense desde o início da pandemia.

"Durante a pandemia, as padarias puderam funcionar, mas as pessoas não puderam transitar, então tivemos um impacto nas vendas. Tivemos um aumento nos preços e a alta do dólar gerou um alto impacto nos preços dos insumos, e isso tem sido repassado ao consumidor, infelizmente. Também tivemos a questão do frete, que subiu muito de preço para trazer o trigo de fora porque os navios não estavam circulando. Isso tudo colaborou para a alta de custos", disse Nunes.

Com informações do Diário do Nordeste.