O
ritmo de vacinação contra a Covid-19 no Ceará voltou a acelerar, após
queda em maio. Até o último dia 23, mais de 3,87 milhões de pessoas já
haviam recebido a 1ª dose da imunização – 1.018.816 delas somente em
junho, mês com mais vacinados.
Neste
mês, foram aplicadas, em média, 46.309 doses por dia, de acordo com
dados da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). No passado, a média foi de
23.352 aplicações diárias, menor do que a registrada em abril, de
32.957 doses/dia.
O
último balanço divulgado pela Sesa apontou que 3.871.087 doses de
imunizantes contra a Covid já haviam sido aplicadas no Estado até o dia
23. Do total, 2.782.461 se referem à D1. O número restante, 1.088.626
doses, corresponde, então, aos cearenses já imunizados contra a doença.
Conforme
o levantamento, o Ceará já recebeu 4.692.918 doses de imunizantes. Já
chegaram ao Estado quatro vacinas distintas: Coronavac
(Sinovac/Butantan), Covishield (AstraZeneca/Oxford), Comirnaty
(Pfizer/BioNTech) e Janssen (Johnson & Johnson).
RITMO DE VACINAÇÃO DEVE ACELERAR EM JULHO
O
imunologista Edson Teixeira, professor da Universidade Federal do Ceará
(UFC), aponta que a chegada de novas doses e o ganho de experiência dos
municípios com a campanha de vacinação têm contribuído para vacinar
mais pessoas em menos tempo.
As
pessoas que estão trabalhando já conseguem organizar melhor o processo
de distribuição nas capitais e no interior. Mas é fato que a gente
precisa de mais doses, ainda temos uma quantidade de vacinas pequena.
EDSON TEIXEIRA
Imunologista
De
acordo com a Sesa, tem sido montada uma “logística de distribuição de
vacinas aos municípios em até 24 horas depois que os imunizantes chegam
ao Ceará”. Com isso, “deve ser agilizada a aplicação dos imunobiológicos
da Janssen”.
Além
do envio lento pelo Ministério da Saúde, outro entrave para o alcance
de níveis mais altos de cobertura é o intervalo entre as doses de
imunizantes como os da Pfizer e da Astrazeneca, definido em 12 semanas
(três meses) no Brasil.
“Isso
atrasa, apesar de que a maior parte da população tem sido vacinada com
Coronavac. Claro que quando chegar a imunização completa, a segunda dose
das outras vacinas, vamos ter um pulo de 15% para 30% de vacinados (com
a D2)”, estima o imunologista.