A
vacinação de gestantes e puérperas com a AstraZeneca está
temporariamente interrompida no Brasil, segundo decisão do Ministério da
Saúde (MS). Suspensão da aplicação do imunizante foi recomendada pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária Anvisa (Anvisa), após suspeita
de efeito adverso que causou óbito de grávida e feto.
A aplicação dos demais imunizantes liberados no País (CoronaVac e da farmacêutica Pfizer) segue liberada.
"O
PNI (Programa Nacional de Imunizações) e o Ministério estão agindo por
cautela. E assim deve ser feito quando a gente está em estágio inicial
de estudo, com uma doença nova", pontuou Raphael Câmara Medeiros,
titular da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS). O MS realiza
entrevista coletiva para falar sobre a decisão na noite desta
terça-feira (11).
O ministro Marcelo Queiroga reforçou que a vacina "é segura, eficaz e muito efetiva".
Nísia
Trindade, presidente da Fiocruz, lamentou o óbito da gestante - notícia
que chegou ao órgão na última sexta-feira (7) - e ressaltou a
importância da vacinação contra a Covid-19. A Fiocruz é a responsável
pela vacina da Astrazeneca no Brasil.
A
Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) anunciou que o caso será pautado
pelo Centro de Operações de Emergência do Estado em reunião nesta
próxima quarta-feira (12).
Municípios no Ceará que já suspenderam aplicação
Os
municípios de Sobral, Cariré e Porteiras, além do Eusébio, na Região
Metropolitana de Fortaleza, paralisaram a imunização de gestantes com o
imunizante nesta terça.