Em
entrevista à Rádio O POVO CBN, nesta quinta-feira, 6, o governador do
Ceará, Camilo Santana (PT), comentou a relação entre o ex-presidente
Lula (PT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT); ambos cotados para disputa
presidencial do ano que vem. Santana voltou a defender união de forças
para a consolidação de um "projeto Nacional" que possa sair vitorioso
nas urnas em 2022.
"Tenho
defendido que há uma preocupação com o País para que possamos garantir o
direito à democracia e ao respeito. Precisamos preservar isso. Lula e
Ciro têm mais convergências do que divergências. Aliás eu provoquei um
encontro entre os dois no segundo semestre do ano passado", lembrou.
Sobre
o lado que deve apoiar em eventual disputa entre petistas e pedetistas,
Camilo desconversou. "Teremos um momento certo para discutir as coisas.
Agora é o momento de que todos aqueles que acreditam no País, somarmos
forças para um projeto nacional. E é isso que vou defender, com Lula,
com Ciro, com Tasso e com todos aqueles que acreditam na democracia",
reforçou.
Questionado
sobre a dualidade de ser filiado ao PT, partido do ex-presidente Lula, e
estar ligado a um grupo político liderado por Ciro Gomes (PDT), o
governador defendeu que o "projeto precisa estar acima das pessoas".
"Quando acreditamos no projeto e não o individualizamos (...)
conseguimos compreender um pouco mais. Eu não sou governador porque
quis, mas porque fui escolhido para representar um projeto e o povo
apoiou e aprovou. Corrigindo, identificando as falhas, melhorando e
avançando".
E
seguiu: "Tenho um carinho muito grande pelo Ciro, uma das pessoas mais
inteligentes desse país; preparadíssimo. Tenho um carinho enorme pelo
Lula, para mim um dos melhores presidentes que o País já teve.
Portanto,
procuro convergir e aglutinar. Esse é meu estilo. Precisamos ter
maturidade e responsabilidade com o futuro. Tanto Lula como o Ciro têm
um papel importante nesse processo no ano que vem".