sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Brasil é o pior país no ranking de enfrentamento da pandemia, diz estudo australiano

Mulher usa máscara com a imagem da bandeira do Brasil. Foto: Freepik

O Brasil está na lanterna no ranking de enfrentamento da pandemia da COVID-19. É o que revela estudo publicado pelo instituto australiano Lowy.

Em primeiro lugar está a Nova Zelândia, com nota 94,4 – o valor máximo é 100. Vietnã aparece em segundo, seguido de Taiwan e Tailândia. Figuram também na cabeça da lista Canadá e Israel – este último tem o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como aliado do presidente Jair Bolsonaro.

Depois de Portugal surgem países como Bélgica (35,6), França (34,9), Rússia (32) e Espanha (31,2 valores).

Os Estados Unidos estão lá atrás, com 17,3. No ponto mais crítico da tabela, aparecem Colômbia (7,7), México (6,5) e Brasil (4,3). A China não foi incluída pelo fato de os dados não serem suficientes. Foram analisados, ao todo, 98 oaíses nas 36 semanas seguintes à confirmação do 100º caso do coronavírus.

Sistemas políticos
O instituto ainda considerou sistemas políticos para confecção do documento. “As ferramentas para conter a disseminação do COVID-19 – pedidos para ficar em casa, bloqueios e fechamento de fronteiras – são comuns na maioria dos países. Mas a forma como os governos convenceram ou obrigaram seus cidadãos a aderir a essas medidas geralmente refletia a natureza de seus sistemas políticos”, ressalta um trecho do estudo,

“Apesar das diferenças iniciais, o desempenho de todos os tipos de regime no manejo do coronavírus convergiu com o tempo. Em média, os países com modelos autoritários não tiveram nenhuma vantagem prolongada na supressão do vírus. De fato, apesar de um início difícil e de algumas exceções notáveis, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido, as democracias tiveram um sucesso marginal maior do que outras formas de governo no tratamento da pandemia durante o período examinado. Em contraste, muitos regimes híbridos, como a Ucrânia e a Bolívia, pareceram menos capazes de enfrentar o desafio”, disse a entidade. Não houve citação do Brasil.