O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitiu, nesta quarta-feira (9), o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. O martelo foi batido após reunião entre os dois no Palácio do Planalto. Com isso, ele volta ao mandato na Câmara Federal, do qual estava licenciado, e o Estado fica sem representante na Esplanada dos Ministérios.
A informação foi confirmada por fontes do governo. A coluna pediu e espera um posicionamento do ex-ministro e das assessorias da pasta do Turismo e da Presidência da República. Já ocorreram alterações em dez das 23 pastas que têm status de ministério, e essa é a 15º mudança no primeiro escalão (veja abaixo).
Quem deve ficar no comando da pasta, pelo menos interinamente, é Gilson Machado, presidente da Embratur, que é a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo. Ele conta com a confiança de Bolsonaro e se encontrou com o presidente na tarde desta quarta-feira, também no Planalto, após a demissão do parlamentar.
Nos bastidores é dito que o cargo deve ficar com o Centrão. Não só para conseguir a governabilidade na Câmara dos Deputados, mas também para negociar cargos para que o líder do PP no Legislativo, Arthur Lira (AL), seja eleito como presidente da Casa, em fevereiro do ano que vem. O Executivo quer derrotar o grupo liderado por Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A coluna Radar, da revista Veja, revelou, na última terça-feira (8), que o mineiro utilizou o grupo de WhatsApp com todos os ministros da União para acusar o chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, de conspirar para tirar ele do cargo (veja a mensagem abaixo).
Responsável pela articulação política do Executivo, Ramos estaria negociando cargos da pasta de Marcelo com o Centrão. Após a irritação do presidente com o caso, o então chefe da pasta do Turismo pediu desculpas no grupo por ter se “excedido”. No entanto, não deu tempo de reverter o mal-estar no governo e acabou culminando na demissão dele.
Mudanças
Com a volta de Marcelo Álvaro Antônio ao mandato na Câmara dos Deputados, ocorrem mudanças na bancada mineira, com Enéias Reis (PSL) deixando a cadeira no Legislativo.