Foto Angela Weiss/ AFP |
Se
tivesse calculado, talvez não fosse tão simbólico. Joseph Robinette
Biden Jr., 77, foi declarado presidente eleito dos Estados Unidos neste
sábado (7), segundo projeção da rede de notícias CNN, na semana em que
completou 50 anos desde a primeira vez que assumiu um cargo político.
Os
EUA escolhem, assim, Biden como o 46º presidente de sua história,
depois de o democrata derrotar Donald Trump numa disputa histórica e
acirrada, que o atual líder americano decidiu levar à Justiça.
Antes
mesmo de haver um resultado final, o republicano se declarou vencedor
da eleição e disse que iria à Suprema Corte para interromper a contagem
de votos -com o temor de que aqueles enviados por correio, de maioria
democrata, virassem o jogo em estados-chave, como de fato aconteceu.
Trump
entrou com ações judiciais em Geórgia, Michigan, Wisconsin e
Pensilvânia. Obteve vitória parcial na Pensilvânia e três derrotas, uma
da quais também na Pensilvânia, e as outras em Geórgia e Michigan.
Em
Wisconsin, onde o democrata venceu com menos de 1 ponto percentual de
diferença, o atual presidente pediu recontagem dos votos, alegando, sem
apresentar provas, que o voto postal gera fraudes.
A
projeção da vitória de Biden veio com os resultados na Pensilvânia,
estado que os democratas perderam para Trump em 2016 e que foi
reconquistado neste ano.
Assim,
o agora presidente eleito atingiu ao menos 273 votos no Colégio
Eleitoral, acima do mínimo de 270, enquanto o candidato republicano
conquistou, até o momento, 214.
Em
relação ao apoio popular, Biden registra mais de 74 milhões de votos,
recorde nos Estados Unidos e um marco num país onde a participação não é
obrigatória. Trump, por sua vez, contabiliza ao menos 70 milhões de
apoios na 59ª eleição presidencial americana desde 1788.