O Governo do Ceará vai aumentar a capacidade de testes
RT-PCR, utilizados na detecção da Covid-19, para aproximadamente 13 mil
exames diários, segundo informou o secretário de Saúde do Estado, Dr.
Cabeto. Em entrevista à Rádio O POVO CBN, na manhã
desta terça-feira, 28, o titular da pasta também afirmou que, nesse
momento de reabertura, a colaboração da sociedade e a capacidade do
Estado em reconhecer pequenos surtos são fundamentais na resposta contra
a pandemia. "Não é uma atitude responsável aglomerações inadequadas
como a gente tem visto", disse Cabeto.
De acordo com o secretário, o aumento no número de
exames começará ainda neste final de julho. “O Ceará já é o estado que
mais faz testes. Vamos fazer essa testagem aleatória semanalmente, e
estamos estudando uma metodologia para fazer essa testagem nas escolas
quando as aulas começarem”. A partir dessa ação, será implantado um
drive thru de testes em Maracanaú, além dos dois que já existem em
Fortaleza.
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O Governo do Ceará já realiza, a cada duas semanas, um
levantamentos sobre a situação epidemiológica no Estado, de forma a
avaliar a circulação do vírus nas regiões. Na última semana, a taxa de
pessoas infectadas em Fortaleza correspondia a cerca de 14%. Crajubar
(Crato, Juazeiro do Nordeste e Barbalha) será a próxima região avaliada,
com testes de sorologia e também exames virais diretos por RT-PCR.
Pelos dados de Fortaleza, a Secretaria Estadual de Saúde observou que há
uma circulação baixa do vírus, visto que somente 1% das 3300 pessoas
avaliadas tiveram RT-PCR positivo.
Os dados, entretanto, devem ser observados com cautela,
alerta Cabeto. Sobretudo, considerando que a Covid-19 é uma doença
nova, sem vacina e sem informações suficientes para afirmar que os
infectados estão imunes a uma nova contaminação. "Essas afirmações no
momento atual sobre a Covid-19 são equivocadas. Ninguém no mundo pode
dizer a taxa de pessoas infectadas que é suficiente para que não haja
repique. Isso tem variado. Em Wuhan, depois da epidemia, deu 10%, em
Nova Iorque 20%, na Espanha 7%”, complementa o secretário Cabeto.
Aglomerações
Questionado sobre a repercussão das aglomerações, a
curto prazo, no cenário epidemiológico, ele salientou que ainda não é
possível prever os resultados nas próximas duas semanas, por exemplo. “A
princípio, os indicadores têm se mostrado benéficos. A gente tem queda
semana a semana no número de óbitos e não estamos vendo aumentar o
número de casos”, comenta o secretário.
Entretanto, ele destaca que a quarta fase da reabertura
das atividades econômicas, que compreende os setores mais delicados
frente à pandemia, registra as maiores aglomerações. “Além da ação do
Estado de manter o monitoramento, cabe a sociedade toda a prudência em
seguir as normas, de usar máscara, evitar aglomerações, ir às atividades
apenas quando necessitar, e respeitar as regras e os horários”,
finaliza.