A
aprovação de uma vacina eficaz contra o novo coronavírus é certamente o
anúncio mais esperado do ano. O imunizante desenvolvido pela
Universidade Oxford em parceria com a farmacêutica britânica AstraZeneca
é a opção que está na fase mais adiantada de testes em humanos, além de
ser considerado o mais promissor até o momento.
Recentemente,
o Brasil passou a fazer parte dessa história. No início de junho foi
anunciado a participação do país nos testes clínicos fase 3 dessa
vacina. Atualmente, somos o único país fora da Europa e dos Estados
Unidos a participar da iniciativa. Em reportagem publicada na semana
passada, VEJA trouxe detalhes desta pesquisa e de como está a corrida
global para desenvolver uma vacina segura e eficaz em um curtíssimo
espaço de tempo.
Para
isso, VEJA ouvimos líderes e especialistas de empresas e instituições de
pesquisa que estão à frente destes esforços avançados. Um destes
especialistas é Fraser Hall, presidente da AstraZeneca Brasil. Em
decisões inéditas, a empresa se comprometeu a comercializar a vacina sem
nenhum lucro durante a pandemia e anunciou o início da produção do
imunizante antes mesmo da validação de sua eficácia. Embora seja uma
estratégia de risco, é a única forma de a AstraZeneca cumprir a meta
estabelecida publicamente de entregar 400 milhões de doses da vacinas
entre setembro e outubro.