Paciente recebe possível vacina contra o coronavírus em Seattle, nos Estados Unidos - (Ted S. Warren/The Associated Press)
Começou no último fim de semana o estudo clínico em São Paulo da vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2 desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.
A candidata é tida como uma das mais promissoras para deter a
pandemia e está na terceira e última fase de testes, quando é avaliada
sua eficácia para imunizar seres humanos.
O estudo é conduzido simultaneamente no Reino Unido e no Brasil, que foi escolhido para participar da pesquisa pelo fato de ainda ter uma grande circulação do novo coronavírus em seu território.
O teste na capital paulista é coordenado pela Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp), com apoio da Fundação Lemann, mas o estudo também
será feito no Rio de Janeiro, sob orientação da Rede D’Or.
“No
dia 20 de junho, o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais
da Universidade Federal de São Paulo (Crie/Unifesp), coordenado pela
professora e pesquisadora Lily Yin Weckx, recebeu os primeiros 15
voluntários que participarão dos testes da eficácia da vacina
desenvolvida pela Universidade de Oxford”, diz uma nota da instituição
de ensino.
As doses serão aplicadas em adultos de 18 a 55 anos, prioritariamente
profissionais de saúde da linha de frente contra a pandemia ou pessoas
com risco aumentado de exposição ao Sars-CoV-2, como funcionários de hospitais ou motoristas de ambulâncias.
A vacina ChAdOx1 nCoV-19 utiliza um adenovírus de chimpanzés para
apresentar ao sistema imunológico a proteína spike, usada pelo
coronavírus para agredir células humanas. Os voluntários serão
acompanhados por 12 meses, mas a multinacional AstraZeneca, responsável
pela produção e distribuição em nível mundial, espera ter resultados em
setembro.
A empresa inclusive já iniciou “cadeias de produção” nos Estados
Unidos, na Índia, na Itália e no Reino Unido e diz ter acordos para
fabricar pelo menos 2 bilhões de doses, mas o Brasil não faz parte de
nenhum deles neste momento.