A temporada de 2019, por si só, foi histórica. A euforia no começo da temporada era pelo retorno do Clássico-Rei à
1ª divisão, logo aquele patamar que o principal capítulo do futebol
cearense merecia - sem contar que já carrega a grandeza no nome. Com Ceará e Fortaleza garantidos na Série A de 2020, os rivais alcançam uma marca de 40 anos: uma sequência, juntos, na elite nacional.
A última vez que tal feito havia ocorrido foi em 1979. Naquela época,
os moldes estavam distantes dos pontos corridos e a fórmula atravessava
quatro eliminatórias, além de final. E se a competição era organizada
pela CBD, ex-CBF, a outra curiosidade foi a participação do Ferroviário, o 3º representante cearense daquela edição.
Assim, 80 equipes participaram da competição. Divididos em oito
grupos com 10 participantes cada, os clubes se enfrentaram em turno
único até definiram os classificados aos demais mata-mata (segunda,
terceira e quarta fase, semifinal e final).
Desta vez, o Brasileirão foi concluído com o Fortaleza em 9ª, com 53
pontos, enquanto o Ceará ficou na 16ª posição, com 39. Lá, o Tubarão da
Barra e o Leão ficaram pelo caminho na 1ª chave, apesar de dividirem o
mesmo pote. Já o Alvinegro de Porangabuçu avançou até a etapa seguinte,
cedendo vaga para o Goiás e o Vasco, que foi vice-campeão - o título
ficou com o Internacional.
Com a permanência na elite nacional garantida para a temporada que se
aproxima, o Ceará chega a 19ª participação na 1ª divisão, sendo o
cearense com mais exibições na elite. Já o Fortaleza vai para 17ª Série
A.
No arrecadado, o Leão adquiriu R$ 48,9 milhões em cotas televisivas. O
Vovô ficou com R$ 58,87 mi - a principal diferença está nos valores
pagos pela Turner, que concede cota fixa de R$ 23 mi ao Alvinegro de
Porangabuçu, enquanto o Tricolor recebe R$ 9 mi. A tendência é que as
cotas de TV sejam atualizadas e superadas para 2020.
2020
A próxima temporada tem tudo para ser ainda mais especial,
principalmente porque o Estado do Ceará segue como hegemônico no
Nordeste. Com dois representantes, supera os baianos (com o próprio
Bahia) e Pernambuco (Sport).
Rumo a 2ª divisão, o CSA retira Alagoas da elite, que agora contém
dois na Segundona se contabilizarmos o CRB. Os demais nordestinos são
Vitória (BA), Sampaio Corrêa (MA) e Náutico (PE), os dois últimos
recém-ingressos da Série C.