A jovem de 22 anos que tentou retirar um prêmio da Mega-Sena com bilhete falsificado, em Mato Grosso, cometeu o que a polícia classificou como “crime impossível”. Isso porque o prêmio de R$ 32 milhões que ela tentou retirar dizendo ter ganho acumulou.
O
crime impossível é aquele que não pode ser consumado por "ineficácia
absoluta" da tentativa. Neste caso, a jovem tentou convencer os
funcionários da lotérica de que seu bilhete era o vencedor depois de
recortar e colar os números no papel.
“Sabíamos
que o prêmio tinha acumulado, então ninguém tinha acertado os seis
números sorteados”, contou um representante da lotérica ao G1.
Antes
de ir até o estabelecimento, a mulher enviou fotos do bilhete alegando
que era a vencedora. Ela chegou a circular os números com uma caneta
para provar seu ponto. Quando ela chegou lá, a proprietária foi chamada
para resolver a situação e decidiu acionar os policiais.
Detida,
a mulher a princípio negou a tentativa de golpe, mas em seguida
confessou o crime. Ela explicou que com o dinheiro pretendia ajudar a
família, que passa por dificuldades financeiras.
Além
da falsificação considerada "grotesca" pelos policiais, a decisão de
retirar o valor na lotérica levantou suspeitas. Em geral, prêmios muito
altos são pagos somente em agências da Caixa Econômica.
“Os
funcionários são bem treinados para evitar não só essa, mas todo tipo
de situação que envolva golpe, ou tentativa de golpe”, conta o
representante.
Antes
do golpe, a jovem chegou a comprar um bilhete verdadeiro para o
concurso sorteado no último dia 3. O próximo prêmio da Mega-Sena será
sorteado no sábado (17) e tem o valor de R$ 20.015.946,48.