Moradores dos distritos de São Paulino, em Acopiara, e do distrito de Flamengo, em Saboeiro, promoveram um protesto na manhã de quinta-feira, 30, contra a precariedade da rodovia que liga as duas localidades à sede do município.
Os manifestantes interditaram a CE 277, que liga os municípios de Acopiara a catarina, na região Centro-Sul cearense.
O motivo da interdição da via é cobrar do governo estadual a
realização de obra de asfaltamento no trecho que é de terra. Essa é uma
luta antiga dos moradores.
A cada período de chuva, a estrada fica mais precária e intransitável.
Entre São Paulino, Flamengo e Saboeiro a estrada é de terra e está em
condições muito ruim. Há muitos buracos, poeira no tempo seco, lameiro
no tempo do inverno e prejuízo para todos nós”, disse o produtor rural,
Marcos Félix.
A estrada de terra é um trecho da CE 371 que liga Acopiara a Saboeiro, passando pelos distritos de São Paulino e Flamengo. E uma importante via para o escoamento da produção agrícola e para o comércio.
Antônio Derli Nogueira, presidente da Associação de Moradores do distrito de Flamengo, lembra que o governador Camilo Santana e lideranças políticas locais prometeram a construção da estrada. “O nosso protesto é para cobrar do governador essa obra que é necessária”, disse.
Os produtores reclamam que deixaram de vender leite à empresa Betânia
porque os caminhões não fazem mais a rota por conta da precariedade da
estrada. “Aqui havia o fornecimento de três mil litros de leite por dia e isso é um prejuízo para todos”, pontuou Derli Nogueira.
O comerciante, José Arnon Pereira, disse que há prejuízo para o setor porque os caminhões não querem fazer entrega de mercadorias com a estrada estragada e o frete fica mais caro.
A professora Andreia Carvalho participou do protesto e justificou. “Temos de exercer o nosso papel de cidadã, exigir os nossos direitos”, frisou.
O comerciante José Carlos lembrou que essa é a segunda manifestação que moradores realizam somente este ano.
Com o uso de tratores e de equipamentos agrícolas, os moradores interditaram a rodovia ao longo da manhã.
Os moradores esperam há mais de 50 anos pela chegada do asfalto.
Desde quarta-feira, ontem, máquinas começaram a trabalhar na estrada,
fazendo serviço paliativo e de tapa-buracos nos trechos mais críticos.
O agricultor Abrão Gonçalaves na manhã desta quinta-feira quando ia
para a manifestação teve o pneu do carro rasgado. “Essa não foi a
primeira vez e em outro caso estraguei o motor do carro”, disse. “A
estrada está muito ruim”.
Por Diário do Nordeste