Jair Bolsonaro fez referência, neste domingo (16), a um assunto que interessa ao setor mineral do Ceará. Ele disse que está analisando o potencial de exploração de reservas de potássio, cálcio e magnésio no País junto com os futuros ministros de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, e da Agricultura, Tereza Cristina.
O magnésio pode ser obtido, principalmente, por meio da exploração da dolomita, magnesita e dos sulfatos. Segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), o Brasil tem extensos depósitos de magnesita na Bahia e também conta com reservas no Ceará.
"Junto aos futuros ministros de Minas e Energia e Agricultura, estamos analisando o potencial de exploração de reservas de potássio, cálcio e magnésio em regiões do nosso país. Hoje, mesmo com as maiores reservas, dependemos de matéria-prima importada para produzir fertilizantes", escreveu na rede social.
O calcário é considerado uma das principais fontes de cálcio. Dados da ANM apontam que as reservas lavráveis de calcário no Brasil estão relativamente bem distribuídas pelos estados e, como em muitos países, representam centenas de anos de produção nos níveis atuais. Os estados que mais se destacam são Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e Goiás, que juntos detêm quase 60% das reservas medidas de calcário do País, além de Mato Grosso, Bahia, São Paulo e Ceará.
Segundo a ANM, as reservas brasileiras de potássio estão localizadas em Sergipe e no Amazonas. Na Amazônia, a reserva em Autazes, a 113 km de Manaus, tem 800 milhões de toneladas. Com a sua descoberta, o Brasil saltou da 11º para o 8º maior reservatório do mineral no mundo. Por causa da pequena produção interna, o Brasil importa cerca de 90% do potássio, principalmente do Canadá, da Rússia, da Alemanha, e de Israel.
Pena de morte
Bolsonaro também comentou, ontem, os bons resultados obtidos em recente pesquisa de opinião sobre expectativas de seu governo. Para 75% dos brasileiros, o presidente eleito está no caminho certo, mostrou o Ibope/CNI na última quinta-feira (13).
Neste domingo, em um quiosque na Barra da Tijuca, onde tomou uma água de coco e foi muito festejado no local, Bolsonaro atribuiu os bons números ao acerto na escolha dos titulares dos ministérios.
Segundo Bolsonaro, foram decisões técnicas, e não políticas, o que agradou à população. "É um reflexo, com toda a certeza, do bom ministério escolhido. Sem o critério político. Então isso aí dá uma esperança no povo que algo diferente vai acontecer", disse.
Bolsonaro reafirmou que o tema pena de morte não está em sua agenda e rebateu entrevista publicada pelo jornal "O Globo" de hoje, com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente eleito, na qual este defende a medida, para casos como tráfico de drogas ou crimes hediondos, dependendo de plebiscito popular.
"Enquanto eu for presidente, da minha parte, não teremos esta agenda", garantiu.