terça-feira, 6 de novembro de 2018

"Caso Daniel" ganha novos suspeitos e advogado diz que fotos motivaram crime

Jovens negam participação no crime, mas versão contradiz com a da testemunha-chave


O assassinato de Daniel ganhou mais uma versão na última segunda-feira (5) após a apresentação de três novos suspeitos na Polícia Civil do Paraná. Amigos de escola de Allana Brites,  David Willian, de 18 anos, e Igor King, de 19, negam participação no crime e no espacamento do ex-jogador do São Paulo, mas versão apresentada contradiz com testemunha-chave. 

Em entrevista ao site 'Uol Esporte', o advogado dos suspeitos, Robson Domakoski, alegou que os dois jovens teriam tentado impedir que Edison Brittes matasse Daniel. No entanto, Allana apontou que os seus amigos também teriam participado das agressões.

"Eles são bons meninos, estudantes sem passagem pela polícia e estão absolutamente em choque com tudo isso", afirmou Domakoski. "A todo momento eles pediam calma, diziam que Daniel já tinha tido o suficiente.", defendeu o advogado.
Daniel Botafogo 2014 02 11 2018
Foto: Getty Images
"A primeira ideia não era matar o Daniel", afirmou o advogado Domakoski. "A ideia era largá-lo sem roupa na rua para passar vergonha. Alguém teve a ideia de deixá-lo na BR sem roupa. Mas no meio do caminho, o celular do Daniel, que estava no banco da frente, tocou, e o Edison, o assassino, pegou o celular e viu as imagens", afirmou, em referência às fotos em que Daniel aparece na cama da esposa. "Aí que o Edson perdeu a cabeça e tomou outro rumo."

"Eles ficavam dizendo: 'Não faz isso, vai estragar sua vida!' Quando ele desceu do carro, o David desceu junto para tentar evitar o pior, mas foi ameaçado. O Edison disse: 'Não se meta se não vai sobrar pra vocês'. Aí eles ficaram apavorados, entraram em choque."

Edison está preso de forma provisória por 30 dias, junto com a esposa, Cristiana, e a filha, Allana. Todos são considerados co-autores do crime.