O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal)
Alexandre de Moraes afirmou nesta segunda-feira (22) que nada justifica a
defesa do fechamento da Suprema Corte.
Em
seminário, na capital paulista, ele afirmou que é uma contradição o
país viver o maior período de estabilidade democrática desde a
Constituição de 1988 e um parlamentar fazer uma declaração de "maneira
irresponsável".
Em
palestra, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do
presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), disse que "basta um soldado e um
cabo" para fechar o STF. O pai do parlamentar desautorizou a declaração.
"As
declarações demonstram a atualidade da famosa frase de Thomas
Jefferson: 'O preço da liberdade é a eterna vigilância'. Nada justifica a
defesa do fechamento do STF", disse.
O
ministro disse ainda que nem o desconhecimento dos pilares da
democracia nem a "total ignorância" do princípio da separação dos
poderes justificam "o absurdo atentado verbal à autonomia e
independência do Poder Judiciário".
Ele
disse ainda que cabe à PGR (Procuradoria-Geral da República) analisar
se o contexto da manifestação, feita fora do exercício das funções do
parlamentar, pode configurar crime de incitação de animosidade, previsto
na Lei de Segurança Nacional.
No
domingo (21), a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Rosa
Weber, disse que um magistrado que honra o seu papel não se deixa abalar
por manifestações que possam ser compreendidas como inadequadas.