Marina
Silva anunciou nesta segunda-feira um "apoio crítico" ao candidato de
esquerda à presidência do Brasil, diante do discurso de ódio de Jair
Bolsonaro, que a seus olhos encarna a "banalidade do mal".
"A
pregação de ódio contra as minorias frágeis, a opção por um sistema
econômico que nega direitos e um sistema social que premia a injustiça
faz da campanha de Bolsonaro um passo adiante na degradação da natureza,
da coesão social e da civilização", escreveu Marina Silva nas redes
sociais.
"É
melhor prevenir. Crimes de lesa humanidade não tem como se possa
reparar. E nem adianta contar com o alívio do esquecimento trazido pelo
tempo se algo irreparável acontecer. Crimes de lesa humanidade o tempo
não apaga, permanecem como lição amarga, embora nem todos a aprendam".
Marina
Silva foi ministra do Meio Ambiente do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (2003-2010), mas rompeu com seu mentor político e com o Partido
dos Trabalhadores quando o governo de esquerda optou por políticas de
desenvolvimento que qualificou de daninhas por seu impacto ambiental.
Haddad
também obteve o "apoio crítico" de Ciro Gomes, terceiro colocado no
primeiro turno, com 12,5% dos votos, atrás de Haddad, 29%, e de
Bolsonaro, 46%.
Bolsonaro
aparece no momento com 59% das intenções de voto, contra 41% para
Haddad. O segundo turno acontecerá no próximo domingo, 28 de outubro.