Um aspecto da vida pregressa de Adélio Bispo de Oliveira, o homem que
tentou matar o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no último dia 6 de
setembro, chamou a atenção da Polícia Federal durante as investigações
do crime. Ele era extremamente habilidoso no manejo de facas.
Em um açougue em que o acusado trabalhou em Curitiba (PR), a PF
apurou que Oliveira era conhecido por manejar muito bem facas.
Normalmente um novo contratado recebia um “padrinho”, responsável por
tutelar o novo cortador de carnes. No caso de Oliveira, o próprio
açougue dispensou o uso do “padrinho”, ao constatar que ela sabia usar
as lâminas.
Oliveira também teria trabalhado como sushiman, preparador de carnes
de peixe em restaurantes japoneses, o que também demanda um bom uso de
facas.
Sobre a faca, um exame feito por
peritos criminais federais do INC (Instituto Nacional de
Criminalística) apontou traços de DNA de Bolsonaro na lâmina, de cerca
de 20 centímetros, o que confirma que a faca foi a mesma usada no crime.
Oliveira tinha a faca consigo muitos meses antes do crime.
Também foram investigadas todas
as pessoas citadas em redes sociais como supostos cúmplices que teriam
repassado a faca a Oliveira no dia do atentado. A PF descartou todas as
informações, que eram falsas. Pelo menos uma mulher inocente marcada em
redes sociais foi perseguida, recebeu ameaças e teve que procurar a PF
para obter proteção.