O promotor de Justiça da comarca de Icó, Renato Magalhães de Melo,
determinou abertura de Procedimento Investigatório Criminal contra o
secretário de Segurança Pública do Município de Icó e chefe da Guarda
Municipal, sargento da Polícia Militar, Geílson Lima.
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) quer através do
procedimento legal apurar a suspeita de que o sargento Geílson de Lima
cometeu crimes de prática de lesão corporal, abuso de autoridade,
constrangimento ilegal e ameaça contra outros agentes de segurança da
Guarda Municipal.
O sargento é apontado como o autor de dar tiros de borracha e jogar
spray de pimenta contra a cabeça de professores e servidores municipais
de Icó em manifestações ocorridas nos dias 19 e 22 deste mês.
Na manifestação desta quinta-feira, 22, até o promotor de Justiça da
comarca de Cedro, que estava acompanhando a manifestação, Leidomar
Nunes, foi atingido com gás de pimenta jogado pelo sargento Geílson
Lima.
>Sindicalistas denunciam nova violência praticada contra professores em Icó
Os professores e servidores faziam manifestação pacífica contra o
projeto de lei encaminhado pela prefeita Laís Nunes que propõe a redução
de 50% da carga horária de 362 professores e dos seus salários. A
matéria foi aprovada em segunda votação pela Câmara de Vereadores na
noite desta quinta-feira, 22, após voto do presidente da Casa, Fernando
Nunes, que desempatou o placar de 7 votos a favor e 7 contrários.
Repercussão
As seguidas agressões do sargento Geílson Lima e da Guarda Municipal por
determinação da gestão municipal obtiveram repercussão negativa por
meio da imprensa, rede social e através de notas de protesto do bispo da
Diocese de Iguatu, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Icó, da
Loja Maçônica de Icó, Igreja Assembleia de Deus, dentre outras
instituições.
A presidente da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público
Municipal(Fetamce), Enedina Soares, classificou como covarde a ação da
Guarda Municipal que agiu sob determinação da administração e em
particular do sargento Geílson Lima. “A violência não vai nos calar”,
pontuou a líder sindical.
Esclarecimento
Por meio de nota, a prefeita Laís Nunes disse que é da paz e do diálogo e
que o projeto de lei precisava ser encaminhado e aprovado por que a
Folha de Pagamento já supera os índices estabelecidos pela Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF).
DN Centro Sul