sábado, 24 de fevereiro de 2018

Ministério Público abre investigação criminal contra sargento da PM por violência contra professores de Icó (CE)

O promotor de Justiça da comarca de Icó, Renato Magalhães de Melo, determinou abertura de Procedimento Investigatório Criminal contra o secretário de Segurança Pública do Município de Icó e chefe da Guarda Municipal, sargento da Polícia Militar, Geílson Lima.

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) quer através do procedimento legal apurar a suspeita de que o sargento Geílson de Lima cometeu crimes de prática de lesão corporal, abuso de autoridade, constrangimento ilegal e ameaça contra outros agentes de segurança da Guarda Municipal.

O sargento é apontado como o autor de dar tiros de borracha e jogar spray de pimenta contra a cabeça de professores e servidores municipais de Icó em manifestações ocorridas nos dias 19 e 22 deste mês.

Na manifestação desta quinta-feira, 22, até o promotor de Justiça da comarca de Cedro, que estava acompanhando a manifestação, Leidomar Nunes, foi atingido com gás de pimenta jogado pelo sargento Geílson Lima.

>Sindicalistas denunciam nova violência praticada contra professores em Icó

Os professores e servidores faziam manifestação pacífica contra o projeto de lei encaminhado pela prefeita Laís Nunes que propõe a redução de 50% da carga horária de 362 professores e dos seus salários. A matéria foi aprovada em segunda votação pela Câmara de Vereadores na noite desta quinta-feira, 22, após voto do presidente da Casa, Fernando Nunes, que desempatou o placar de 7 votos a favor e 7 contrários.

Repercussão

As seguidas agressões do sargento Geílson Lima e da Guarda Municipal por determinação da gestão municipal obtiveram repercussão negativa por meio da imprensa, rede social e através de notas de protesto do bispo da Diocese de Iguatu, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Icó, da Loja Maçônica de Icó, Igreja Assembleia de Deus, dentre outras instituições.

A presidente da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal(Fetamce), Enedina Soares, classificou como covarde a ação da Guarda Municipal que agiu sob determinação da administração e em particular do sargento Geílson Lima. “A violência não vai nos calar”, pontuou a líder sindical.

Esclarecimento

Por meio de nota, a prefeita Laís Nunes disse que é da paz e do diálogo e que o projeto de lei precisava ser encaminhado e aprovado por que a Folha de Pagamento já supera os índices estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

DN Centro Sul