Centenário, o Clássico-Rei de amanhã
será especial não só para jogadores, mas também para quem não vai
entrar nas quatro linhas. Sem poder ultrapassar os limites das áreas
técnicas, Rogério Ceni e Marcelo Chamusca viverão experiências inéditas
em suas carreiras no jogo deste domingo, às 18 horas, no Castelão.
Do lado do Tricolor, Ceni terá a partida contra o Ceará como a primeira
em sua vida. Acostumado a vivenciar a rivalidade paulista, quando já
enfrentou diversas vezes Corinthians, Palmeiras e Santos pelo São Paulo,
a experiência agora será diferente.
“Clássico é a motivação é
maior. Imagino que aqui, como são dois times acostumados a esse
confronto, seja ainda mais difícil de se jogar. Eu joguei mais de 200
clássicos na minha carreira e, como técnico, trabalhei em uns oito ou
dez. Todos clássicos paulistas. É uma atmosfera com que já me acostumei
a viver”, destacou Ceni.
Chamusca
conhece bem essa sensação. Ele já participou sete vezes do
Clássico-Rei, mas agora é outra coisa. Em todas as oportunidades
anteriores, o técnico esteve comandando o Fortaleza. Amanhã será seu
primeiro derby pelo Ceará.
“É uma atmosfera que conheço muito
porque já participei de várias. A gente sabe bem o que é a
representação de um clássico, ainda mais neste momento em que o nosso
rival está vivendo um momento bom na competição. Vimos todos os jogos
do Fortaleza, estamos com um material muito farto e de qualidade em
relação ao comportamento do adversário. Mas clássico é jogo de detalhe,
que tem que estar com nível de concentração muito alto e o espírito
também vai pesar muito. A gente vai se preparar pra todas as
dificuldades”, disse Chamusca.
Dada a magnitude de um
Clássico-Rei, não é preciso destacar o quanto a partida é de
fundamental importância para ambos. Para Ceni, que ainda busca
consolidação em início de trabalho, um eventual resultado positivo no
maior desafio já vivido em sua trajetória no Leão do Pici é a senha
para afastar qualquer desconfiança por só ter vencido adversários mais
frágeis tecnicamente até aqui.
Do lado Alvinegro, embora
Chamusca tenha plena aprovação de diretoria e torcida, a pressão não é
menor. Embora seja início de temporada, com muitos jogos em sequência -
que o treinador tem utilizado como justificativa para a queda de
performance em determinados momentos -, a possibilidade de um revés
diante do maior rival pode ligar o sinal de alerta para o decorrer do
planejamento.
Como de costume, o Clássico-Rei vale muito mais que três pontos na tabela.