O Facebook informou nesta segunda-feira que grupos
russos publicaram 80 mil posts na rede social por mais de dois anos num
esforço de influenciar a política americana, atingindo 126 milhões de
americanos durante esse período. A informação faz parte de um testemunho
da companhia para os congressistas americanos, ao qual a agência
Reuters teve acesso.
Executivos de Facebook, Twitter e Alphabet Inc’s
Google devem comparecer diante de três comissões no Congresso esta
semana para depor sobre as tentativas russas de divulgar informações
falsas, principalmente nos meses que antecederam as eleições
presidenciais de 2016.
Essa será a primeira vez que altos representantes das
três empresas respondem às perguntas de deputados e senadores nas
comissões que investigam a interferência russa nas eleições em que o
republicano Donald Trump derrotou a democrata Hillary Clinton.
Colin Stretch, conselheiro geral do Facebook,
informou que 80 mil posts da Agência de Pesquisa de Internet da Rússia
formavam apenas uma pequena fração do conteúdo na rede social. Os posts,
no entanto, violam os termos de compromisso da empresa.
Eles foram publicados entre junho de 2015 e agosto de
2017. A maior parte se concentrava em mensagens que pareciam buscar
divisões sociais e políticas, como em relação ao controle de armas.
Sean Edgett, principal advogado do Twitter, deve
também falar que a empresa descobriu e fechou 2.752 contas ligadas ao
mesmo grupo —número 14 vezes maior que o informado pela empresa ao
Senado há três semanas.
O Google reconheceu pela primeira vez nesta
segunda-feira que suas plataformas também foram comprometidas , com os
operadores russos publicando milhares de vídeos em canais no YouTube.
O Congresso tem pressionado as empresas de tecnologia
a determinarem como os russos usaram seus sistemas para influenciar a
eleição e cobrando mais controle para anúncios políticos.
(Com informações da Folha de S. Paulo)