Desde
as eleições de 2016, moradores de 43 municípios brasileiros precisaram
retornar às urnas porque os vencedores do pleito anterior tiveram seus
registros de candidatura ou diplomas anulados pela Justiça Eleitoral –
média de um prefeito cassado por semana por problemas como ficha limpa,
abuso de poder econômico e político, compra de voto e propaganda
eleitoral irregular.
Levantamento
feito pelo jornal O Globo, com dados fornecidos por Tribunais Regionais
Eleitorais (TRE) de 26 estados, mostra que há mais de 300 cidades sendo
governadas em meio a uma guerra no Judiciário.
De
todos os estados, segundo a reportagem, São Paulo é o que tem o maior
número de chances de ter novas eleições: mais de 10% dos 645 municípios
estão com eleições questionadas na Justiça. Ao todo, 74 prefeitos —
muitos respondendo a mais de um processo.
O
próprio tribunal faz monitoramento de risco de cassação, em que
classifica cidades com maiores chances de passar por uma nova votação.