Sindicatos
de trabalhadores têm negociado para evitar que a reforma trabalhista
acabe com os benefícios já estipulados por acordos, como a homologação
de rescisões nos sindicatos, a determinação de uma hora de almoço e a
negociação coletiva do banco de horas. As mudanças indicam, por exemplo,
que o funcionário negocie individualmente seu banco de horas, além da
alteração do intervalo para almoço, podendo ser reduzida a critério do
funcionário ou de uma convenção coletiva.
Com
as alterações, representantes dos trabalhadores buscam manter algumas
garantias, como é o caso dos bancários, que recebem um auxílio refeição
de R$ 32, o que não é previsto em lei. Outras cláusulas alteradas estão
sendo negociadas. “Queremos consertar alguns excessos dessa lei, que foi
aprovada por demanda empresarial e não contempla os trabalhadores”,
explica Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores, UGT,
em entrevista à Folha de São Paulo. A entidade adiou, em acordo com as
empresas, a convenção de agosto para fevereiro.
“Houve
uma mudança profunda na legislação, os empresários estão dispostos a
soltar os leões, e os trabalhadores estão tentando se posicionar”, diz
Clemente Ganz Lúcio, diretor do Dieese.
Centrais
sindicais e empresários devem se reunir com o presidente Michel Temer
na terça-feira, 12, em busca de uma medida provisória que impeça que as
homologações de demissões nas próprias empresas, além da permissão de
que gestantes trabalhem em locais insalubres.