O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou hoje
(30) a Polícia Federal (PF) a tomar o depoimento do presidente Michel
Temer. De acordo com a decisão, Temer deverá depor por escrito e terá 24
horas para responder aos questionamentos dos delegados após receber as
perguntas sobre as citações nos depoimentos de delação da JBS.
“A
oitiva deve ocorrer, por escrito, com prazo de 24 (vinte e quatro)
horas para as respostas formuladas pela autoridade policial, a contar da
entrega, ante a existência de prisão preventiva vinculada ao caderno
indiciário”, decidiu Fachin.
Na
semana passada, a defesa de Temer recorreu Supremo para suspender a
tentativa da PF de ouvir o presidente, investigado na Corte após Temer
ter sido citado nos depoimentos de delação premiada da JBS.
Em
petição enviada ao ministro, relator do inquérito contra o presidente
no STF, os advogados sustentam que Temer não pode prestar depoimento
porque ainda não está pronta a perícia que está sendo feita pela própria
PF no áudio no qual o empresário Joesley Batista, dono da JBS, gravou
uma conversa com o presidente.
"Não
obstante, com o devido respeito, entende-se como providência inadequada
e precipitada, conquanto ainda pendente de conclusão a perícia no áudio
gravado por um dos delatores, diligência extremamente necessária diante
das dúvidas gravíssimas levantadas – até o momento – por três perícias
divulgadas", disse a defesa.
Na mesma decisão, Fachin concedeu prazo de dez dias para que a PF finalize a investigação.