Os advogados que atuam na defesa do ex-presidente
Lula entraram nesta segunda-feira, dia 29, com um recurso contra a
decisão do ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Edson Fachin de
remeter à Justiça Federal no Paraná as citações ao petitsa na delação
dos executivos da JBS.
A defesa afirma que as menções a Lula feitas na
colaboração da empresa não possuem relação com as investigações da
Operação Lava Jato, que estão sob responsabilidade do juiz federal
Sérgio Moro.
Na decisão, Fachin não encaminha o caso
especificamente para Moro, mas é esperado que investigações que envolvam
a Lava Jato fiquem sob a tutela do magistrado.
Lula não é formalmente investigado na delação da JBS,
mas foi implicado no depoimento de Joesley. Seus advogados dizem que o
empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, fez referências
genéricas ao petista, sem qualquer base minima que possa indicar a
ocorrência dos fatos, diz em nota Cristiano Zanin, um dos advogados que
trabalham para o ex-presidente.
Joesley contou aos investigadores que fez depósitos
em contas no exterior, mantidas pore le, que posteriormente teriam tido
os valores revertidos em benefício de Lula e da ex-presidente Dilma. Os
valores teriam sido negociados com o ex-ministro da Fazenda nos governos
dos petistas Guido Mantega.
O processo da
JBS ainda está em fase inicial, quando o Ministério Público Federal no
Paraná analisa o relato dos delatores para então decidir se pede ou não a
abertura de inquérito.