O
governador do Ceará, Camilo Santana (PT), defende o nome do presidente
interino do PSDB, o senador cearense Tasso Jereissati, em caso de
eleições indiretas para presidente do Brasil. “Se houver uma eleição
indireta este ano e, entre os nomes que existem no Congresso Nacional, o
nome de Tasso Jereissati é um dos nomes mais respeitados e para o Ceará
seria muito bom”, disse Santana, durante solenidade na noite de
quinta-feira, 25, nas comemorações do Dia da Indústria, em Fortaleza.
Santana já foi considerado por Tasso um governador com “jeitão
tucano” e, inclusive, o petista tem em seu governo um nome do PSDB, o
secretário de Planejamento e Gestão, Francisco Maia Júnior.
O governador cearense ensaia a saída do PT e chegou-se a especular
que o PSDB seria um dos partidos possíveis para a sua ida. O senador
tucano, porém, disse que não fez o convite para que Santana ingressasse
na sigla, e o governador afirmou que ainda estuda a possibilidade, além
de dizer que não necessariamente sua ida seria para o PSDB. Há
conversações de Santana com o PSB e com o PDT.
“Quanto mais a gente estende essas disputas políticas, neste momento,
se agrava o problema no Brasil, e quem perde com isso é a população”,
avaliou o governador. “Então este é um momento de ter muito equilíbrio.
As lideranças políticas devem ter muita serenidade. E em caso da saída
do presidente Michel Temer, Tasso Jereissati é um grande nome para o
Brasil”.
Santana confirmou uma reunião de todos governadores, na próxima
terça-feira, 29, em Brasília, para discutir a atual situação política
brasileira.
Embora negue uma possível candidatura, Tasso tem sido lembrado como candidato em eventual afastamento de Temer, por impeachment,
renúncia do presidente, denúncia no Supremo Tribunal Federal (STF) ou
cassação da chapa presidencial de 2014 no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE).
Em apuração de um ranking de nomes que poderiam substituir
Temer, feito pelo Estado e pela Broadcast, Tasso aparece em primeiro
lugar e é apoiado pelo PSDB e por setores do DEM. O senador agrada ao
empresariado e ao mercado financeiro, que já cogitam a hipótese da
indicação de Arminio Fraga para o Ministério da Fazenda.
Estadão