Agentes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), grupo de elite
da Polícia Militar, se deslocaram nessa segunda-feira para Presidente
Prudente, no interior do Estado, após uma investigação apontar que
integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) pretendiam resgatar o
seu líder Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Os arredores do presídio da cidade onde ele está preso em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) teve segurança reforçada.
A investigação descobriu que o PCC pretendia usar a mesma estratégia dos ataques às empresas de transporte de valores.
O grupo fecharia com veículos ruas de acesso ao presídio e jogaria na via pregos para retardar a chegada da polícia. Homens armados com fuzis e metralhadora ponto 50 teriam a missão de matar agentes responsáveis pela segurança da penitenciária e detonariam explosivos para derrubar as muralhas.
Fuzis de última geração
Assim
que foi informado, o Comando da PM determinou que a Rota fosse até a
cidade. Para a proteção, policiais contavam com fuzis IA2, considerados
de última geração. Outros grupos da PM, como o de Operações Especiais
(Gate) e o Comando de Operações Especiais (COE) entraram em alerta e
podem ser deslocados para Presidente Prudente a qualquer momento.
Marcola está no RDD com outros 12 líderes por determinação da Justiça. Uma investigação descobriu que pelo menos 30 advogados atuavam como "funcionários" do crime organizado, repassando ordens da cúpula para os subordinados e usando contas bancárias para lavagem de dinheiro. Marcola e os demais comandavam esse esquema de dentro da cadeia.
Em fevereiro de 2014, investigação conjunta das Polícias Civil e Militar com o Ministério Público descobriu um plano do PCC para resgatar Marcola. O grupo pretendia usar até helicópteros e fugir para o Paraguai.