O Vaticano quer renovar os cantos durante as
liturgia nas missas, que praticamente repetem as mesmas canções e temas,
consideradas “desgastadas” pela Santa Sé. Apesar de ressaltar que o
repertório tem aumentado nos últimos anos, o Pontifício Conselho para a
Cultura admite que “o nível e a qualidade dos cantos são sempre modestos
e não respeitam a diversidade cultural”. As possíveis mudanças nos
cantos litúrgicos serão debatidas em um encontro entre os dias 2 e 4 de
março, numa mesa chamada “Música e Igreja: Cultura e Cultura em 50 anos
de Música Sacra”. “Não podemos ter medo de discutir a qualidade da
música.
O encontro não será um tribunal, vamos discutir, e toda a
discussão deve ser o mais universal possível”, disse Carlos Aberto
Azevedo, delegado do dicastério vaticano da Cultura. “O encontro propõe
estimular uma reflexão profunda, em nível mundial, litúrgico, teológico e
fenomenológico que, além das polêmicas estéreis, possa ser uma proposta
positiva para um culto cristão, expressão de louvor a Deus e em
concordância com a diversidade dos modelos culturais”, afirmou, por sua
vez, o presidente do dicastério, cardeal Gianfranco Ravasi. (ANSA)