domingo, 29 de janeiro de 2017

Lista de itens exigidos pelas escolas pesa no orçamento das famílias

 Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press
Esta época do ano é sinônimo de gastos para quem tem filhos que estudam. Com o poder de compra comprometido e orçamento familiar apertado, muitos pais enfrentam dificuldades para conseguir completar a lista de material escolar.

Especialistas recomendam pesquisa de preços, negociação e reciclagem de itens pouco ou nada usados em anos anteriores (leia quadro ao lado). Mesmo assim, em meio à crise econômica, para muita gente, a conta não fecha. A solução é transformar habilidade em dinheiro. Personalizar itens a serem usados pelas crianças pode ser uma boa ideia para conseguir uma renda extra.  

Isabel Souza Borges, 31 anos, desempregada desde 2015, resolveu arregaçar as mangas para para comprar material escolar para os três filhos. Pelas redes sociais, ela se oferece para encapar e etiquetar livros didáticos. “Precisava de algo que desse dinheiro rápido e que fosse temporário. Escolhi uma ocupação em que já tenho habilidade e facilidade”, conta. Todos os dias, Isabel vai até a casa das clientes, busca os livros e os entrega plastificados e identificados. Ela cobra R$ 5 por unidade, incluindo o material utilizado. “Já consegui quase 20 encomendas. O dinheiro faz bastante diferença no orçamento”, afirma.

O especialista em mercado de trabalho Rodolfo Torelly, consultor do site Trabalho Hoje, explica que é uma tendência forte em tempos de desemprego as pessoas procurarem atividades por conta própria. “É importante que se busquem alternativas, pois o país ainda está perdendo empregos”, argumenta. Ele explica que, em muitos casos, o serviço oferecido acaba se transformando em uma atividade formal.

Qualquer habilidade pode ser transformada em um complemento de renda, explica o palestrante e coaching em vendas Jaques Grinberg. Ele ressalta que ter uma renda extra é importante em todos os momentos, seja para ter uma reserva financeira, a ser usada em casos de emergência, seja para realizar algum plano. “Fazer ajustes em uniformes, bordados, kits de material escolar ou de lanches para merenda, personalizar mochilas e objetos: tudo pode ser comercializado”, exemplifica.