João Hudson diz na nota que a delegada criou "factóides" envolvendo seu nome no caso
O ex-prefeito de Quixadá (a 154Km de Fortaleza), João Hudson
Rodrigues Bezerra (PRB), o “João da Sapataria”, contestou, ontem, a
notícia envolvendo seu nome com uma organização criminosa responsável
por diversos delitos naquele Município do Sertão Central, entre eles, o
assassinato de três policiais militares em junho do ano passado.
O nome do ex-prefeito foi citado em reportagem sobre a morte dos PMs e
a conclusão do inquérito que apurou o triplo homicídio. Segundo a
delegada-regional da Polícia Civil de Quixadá, Ana Cláudia Nery,
presidente do inquérito, “João da Sapataria” teria ligações com a
quadrilha responsável pelos homicídios. Seriam dois grupos de bandidos
conhecidos como “Pipocas” e “Veridianos”.
O ex-prefeito teria sido afastado do cargo quando seu nome passou a
ser investigado pela Polícia a partir da descoberta de que fazendeiros e
comerciantes, donos de postos de combustíveis, madeireiras, motéis e
carros-pipas eram os verdadeiros chefes das quadrilhas e, ao mesmo
tempo, fornecedores da Prefeitura de Quixadá.
Em nota à Imprensa, o ex-prefeito nega as acusações e informa que irá
representar na Justiça contra a delegada da Polícia Civil responsável
pela investigação do caso.
Leia a nota do ex-prefeito:
“Fui surpreendido nesta terça-feira (24) com a matéria publicada pelo
Jornal O Povo, onde a Delegada Regional de Polícia Civil, Sra. Ana
Claudia Nery faz uma série de graves e levianas acusações contra minha
pessoa. Esclareço os seguintes fatos:
O Prefeito não tem a prerrogativa de impedir a participação de
empresas em certames licitatórios. Diferentemente da afirmação da
Delegada, o meu afastamento se deu por suposto descumprimento de ordem
judicial, fato ainda sob análise do Poder Judiciário. É risível a
afirmação de que tive minha campanha para Prefeito ainda no ano de 2012,
teria sido financiada por pessoas envolvidas com a criminalidade.
Reafirmo que não tenho qualquer tipo de amizade pessoal com
transgressores da lei. Lamentavelmente a nobre Delegada certamente por
não conseguir prender os assassinos dos policiais militares e por ainda
não desvendar uma série de crimes ocorridos em nossa região, antes e
depois do fatídico episódio de Juatama, busca criar factoides, e por sua
infeliz atitude responderá civil e criminalmente.
Esclareço que, se tivesse a nobre Delegada o cuidado de investigar
com isenção verificaria até com certa facilidade quais os políticos de
Quixadá que de fato tem envolvimento com o crime organizado. Confio em
Deus, e tenho a plena convicção que a justiça será feita.”