domingo, 15 de janeiro de 2017

DF registra um caso de estupro de vulnerável por dia




Em 2016, houve o registro de 392 estupros de vulneráveis, envolvendo crianças e adolescentes. Uma média de mais de um caso por dia. Na maioria, os abusos foram praticados contra meninas. Do total, 342 vítimas eram do sexo feminino. Esses números revelam uma situação grave na capital. Levantamento da Secretaria de Segurança Pública e Paz Social aponta que as ocorrências de estupro em geral cresceram no ano passado em relação a 2015. Foram 525 casos entre janeiro a setembro de 2016. No mesmo período do ano anterior, houve 458 registros.

Na última terça-feira, um crime envolvendo uma garota de 11 anos estarreceu o Distrito Federal. Pelas investigações da Polícia Civil, um homem de 20 anos e quatro adolescentes, com idade entre 13 e 17 anos, a violentaram e ainda filmaram a cena do crime. A corporação prendeu o rapaz maior de idade, que se encontra detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário da Papuda, acusado de estupro de vulnerável e exploração sexual de menor.
A mãe dele presenciou a prisão, realizada ao entardecer daquele dia. Com a voz estremecida, em tom choroso, a matriarca relembra a detenção: “Ele não é essa pessoa. Meu filho não é marginal”, lamenta. A detenção decorreu da denúncia da mãe da criança explorada sexualmente. Os abusos descritos são comprovados por relatórios do Instituto Médico Legal (IML) e pelas imagens.

Ao converter o flagrante em prisão preventiva, em audiência de custódia, o juiz Aragone Nunes Fernandes, apontou a gravidade da suposta participação do jovem de 20 anos. “Ao que se colhe, a vítima, de apenas 11 anos de idade, foi levada a praticar relações sexuais com pessoas diversas, contra sua vontade, o que caracteriza o chamado estupro coletivo”, disse. E ressaltou: “Acresça-se que o autuado era o único maior de idade, recaindo sobre ele um maior juízo de reprovação exatamente por esse fato, na medida em que tem maior discernimento quanto à proibição das condutas. Para agravar ainda mais o contexto, as relações foram filmadas, vilipendiando a imagem da vítima”.
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