sábado, 5 de novembro de 2016

Hillary Clinton e Trump iniciam fim de semana decisivo

Washington Hillary Clinton e Donald Trump iniciaram na sexta-feira (4) uma maratona por um punhado de estados para tentar mobilizar e convencer os últimos indecisos a votar nas eleições presidenciais americanas, na terça-feira (8).

A ex-secretária de Estado tem uma pequena vantagem nas pesquisas, mas a polêmica que continua a respeito de seus e-mails deu um impulso ao magnata, que há 16 meses surpreende todos os prognósticos.

"Como Hillary pode gerenciar este país quando nem mesmo pode gerenciar seus e-mails?" - questionou Trump em New Hampshire, um dos estados disputados.

Se chegar à Casa Branca, a democrata "provavelmente estará muito tempo sob investigação, que terminará em um julgamento", afirmou o republicano, que recuperou-se e conseguiu situar-se 1,5 ponto à frente da adversária neste estado do nordeste americano.

Média

A média das pesquisas nacionais mostra Hillary com 45,3% das intenções de voto, frente a 42,7% para Trump, enquanto outros dois candidatos de partidos menores reúnem 8,2%, segundo o site Real Clear Politics: um final de suspense para uma campanha marcada por acusações e pela ausência de um debate político sério.

Enquanto o impetuoso Trump tempera seu discurso e se mostra mais disciplinado, a experiente, mas às vezes rígida Hillary, se cerca de celebridades, em um clamor urgente à mobilização do voto jovem e negro, a parte primordial de sua base de apoio.

A candidata democrata encerrou a sexta-feira na companhia do rapper Jay Z e sua esposa, Beyoncé, em Cleveland, no disputado estado de Ohio (norte).

Hillary e Trump lutam cabeça a cabeça em Ohio e Pensilvânia, que juntamente com Michigan (norte) constituem o antigo centro industrial dos Estados Unidos e são a chave nestas eleições.

Mas vença quem vencer, a mesma pesquisa revelou que a maioria dos americanos está enojada com o baixo nível da política e muitos têm sérias dúvidas que algum possa unificar o país após uma campanha historicamente tóxica.

Senado

Enquanto Hillary e Trump monopolizam as atenções, outra batalha áspera é travada no Congresso americano, onde o Senado pode voltar para as mãos do Partido Democrata. Atualmente, as duas câmaras - o Senado e a Câmara de Representantes - estão em poder do Partido Republicano, e por isso a disputa pelo controle do Capitólio é fundamental para garantir a estabilidade do novo presidente ou para colocar obstáculos a sua ação.