A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira, 23, mais uma etapa da Operação Lava Jato, chamada Operação Repescagem.
Estão
sendo cumpridos 6 mandados de busca e apreensão, 1 mandado de prisão
preventiva e 2 mandados de prisão temporária nas cidades de Brasília,
Rio de Janeiro e Recife, conforme publicou o jornal O Estado de S.
Paulo.
Os
mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba/PR em
procedimento que investiga os crimes de formação de quadrilha, lavagem
de dinheiro e corrupção passiva a ativa envolvendo verbas desviadas do
esquema criminoso revelado no âmbito da Petrobrás.
Um
dos investigados foi assessor do ex-deputado federal José Janene e
tesoureiro do Partido Progressista. Foi, juntamente com o deputado,
denunciado na Ação Penal 470 do STF (Mensalão), acusado de sacar cerca
de um milhão e cem mil reais de propinas em espécie das contas da
empresa SMP&B Comunicação Ltda., controlada por Marcos Valério
Fernandes de Souza, para entrega a parlamentares federais do Partido
Progressista, no escândalo criminal conhecido vulgarmente por
“Mensalão”.
Naquele
feito, foi condenado no julgamento pelo Plenário do STF por corrupção e
lavagem, mas houve prescrição quanto à corrupção e, quanto à lavagem,
foi ele posteriormente absolvido no julgamento dos sucessivos embargos
infringentes sob o argumento de atipicidade.
Surgiram, porém, elementos probatórios que apontam a sua participação também no esquema criminoso que vitimou a Petrobrás, motivo pelo qual passou a ser investigado novamente na Operação Lava Jato, onde as investigações apontam que ele continuou recebendo repasses mensais de propinas, mesmo durante o julgamento do Mensalão e após ter sido condenado, repasses que ocorreram pelo menos até o ano de 2013.
A
operação foi batizada de REPESCAGEM em razão do principal investigado
já ter sido processado no Mensalão e agora, novamente, na Lava Jato.