Wesley Safadão não escondeu a
surpresa ao constatar que oito mil pessoas lotaram a Villa Country nesta
quarta-feira (27) (Foto: Lucas Lima/ UOL)
Wesley
Safadão não escondeu a surpresa ao constatar que oito mil pessoas
lotaram a Villa Country nesta quarta-feira (27), a maior casa sertaneja
de São Paulo, para assistir ao seu show. Hoje, outras oito mil também
são esperadas.
"Estou curioso. Quem vai aí vai trabalhar ou estudar amanhã?", perguntou o cantor. "Se eu fosse presidente do Brasil, ninguém precisaria trabalhar porque eu decretaria feriado em São Paulo", brincou.
Com uma média de 25 shows por mês em todo o Brasil, as apresentações de Safadão em São Paulo não são nenhuma novidade, onde ele já fez shows no Estância da Serra, Espaço das Américas, Centro de Tradições Nordestinas, entre outros. Porém, ele nunca tinha se apresentado no Villa Country, reduto do sertanejo universitário da capital.
De fato, boa parte do público presente estava assistindo ao show de Safadão pela primeira vez, conforme o próprio músico pode comprovar. "Quem aí nunca foi no meu show?", perguntou. Cerca de 80% das pessoas levantaram a mão. "Deixa eu perguntar de novo. Isso tudo nunca me viu?", questionou. E, novamente, o público levantou a mão.
Um deles era o bancário Gabriel Plaza, 31, que comprou o ingresso com três meses de antecedência para ver o Safadão pela primeira vez. Para ele, a apresentação no Villa Country consolida o artista no sudeste, que já é sucesso no norte e nordeste. "São poucos os cantores brasileiros que têm força para lotar o Villa Country numa quarta-feira e com ingressos esgotados há meses", ponderou o fã.
Mesmo que nunca tenham ido a nenhum show de Safadão, os fãs conheciam todas as músicas do artista. Talvez por isso, em praticamente todas as faixas ele não cantava nenhum verso completo. Ele sempre parava na metade e deixava a plateia completar o restante.
Carismático, o artista começou o show à 1h e segurou a plateia até depois das 3h, quando encerrou a sua apresentação. Logo na primeira música, Safadão cantou "Camarote", um de seus maiores sucessos, acompanhado de uma verdadeira histeria coletiva e berros de "Vai Safadão, Vai Safadão, Vai Safadão".
Ciente de que já estava com o jogo ganho e com o status de artista mais bem pago do país, Safadão praticamente não se deu ao trabalho de cantar. Para o público, a impressão era de que apenas a figura do cantor no palco, dançando, mandando beijos e conversando com a plateia já valeria o ingresso.
Além de tocar seus principais hits, como "Aquele 1%", parceria com a dupla Marcos & Belutti, "Camarote", "Vou Dar Virote", "Muito Gelo e Pouco Whisky" e "Novinha Vai No Chão", Safadão também guardou espaço para "filosofar" bem ao estilo "conselheiro sentimental".
"Amor só de mãe. Paixão só de Cristo. E quem quiser me amar, que sofra", disse para o público. Logo depois, resumiu a sua apresentação: "Costumo dizer que todo relacionamento começa com Jorge & Mateus e termina com a ´sofrência´ de Pablo. Mas, se você quer dar a volta por cima, é só com o Safadão". E emendou na sequência dizendo que não existe sofrimento que "uma ´lapada´ bem lada na resolva". "Comigo é assim: lapada, lapada, lapada".
Mas na plateia estavam também os fãs fiéis de Safadão, como foi o caso da mineira Débora Paiva, 34, que há um ano mora em São Paulo. "Sou apaixonada por ele. Já vi shows do Garota Safada em Fortaleza e em Salvador", disse. "Em São Paulo é a primeira vez que assisto aos seus shows. Das outras vezes eu tentei ir, mas sempre esgotava muito rápido", lembrou.
Como já estava com a plateia em suas mãos, talvez Safadão não precisaria ter apelado no final do show a truques baratos para conquistar o público. O cantor dedicou cerca de cinco minutos em um medley dos funks "Tá Tranquilo, Tá Favorável", "Baile de Favela" e até o antigo "Um Morto Muito Louco". A resposta da audiência foi ótima, mas as faixas desnecessárias.
Durante o Lollapalooza deste ano, o duo Jack Ü homenageou o artista tocando algumas de suas músicas no palco principal do festival. Se até no exterior a fama de Safadão já chegou, para terminar de conquistar o público brasileiro só faltava mesmo ele se apresentar no Villa Country. Agora não falta mais nada.
"Estou curioso. Quem vai aí vai trabalhar ou estudar amanhã?", perguntou o cantor. "Se eu fosse presidente do Brasil, ninguém precisaria trabalhar porque eu decretaria feriado em São Paulo", brincou.
Com uma média de 25 shows por mês em todo o Brasil, as apresentações de Safadão em São Paulo não são nenhuma novidade, onde ele já fez shows no Estância da Serra, Espaço das Américas, Centro de Tradições Nordestinas, entre outros. Porém, ele nunca tinha se apresentado no Villa Country, reduto do sertanejo universitário da capital.
De fato, boa parte do público presente estava assistindo ao show de Safadão pela primeira vez, conforme o próprio músico pode comprovar. "Quem aí nunca foi no meu show?", perguntou. Cerca de 80% das pessoas levantaram a mão. "Deixa eu perguntar de novo. Isso tudo nunca me viu?", questionou. E, novamente, o público levantou a mão.
Um deles era o bancário Gabriel Plaza, 31, que comprou o ingresso com três meses de antecedência para ver o Safadão pela primeira vez. Para ele, a apresentação no Villa Country consolida o artista no sudeste, que já é sucesso no norte e nordeste. "São poucos os cantores brasileiros que têm força para lotar o Villa Country numa quarta-feira e com ingressos esgotados há meses", ponderou o fã.
Mesmo que nunca tenham ido a nenhum show de Safadão, os fãs conheciam todas as músicas do artista. Talvez por isso, em praticamente todas as faixas ele não cantava nenhum verso completo. Ele sempre parava na metade e deixava a plateia completar o restante.
Carismático, o artista começou o show à 1h e segurou a plateia até depois das 3h, quando encerrou a sua apresentação. Logo na primeira música, Safadão cantou "Camarote", um de seus maiores sucessos, acompanhado de uma verdadeira histeria coletiva e berros de "Vai Safadão, Vai Safadão, Vai Safadão".
Ciente de que já estava com o jogo ganho e com o status de artista mais bem pago do país, Safadão praticamente não se deu ao trabalho de cantar. Para o público, a impressão era de que apenas a figura do cantor no palco, dançando, mandando beijos e conversando com a plateia já valeria o ingresso.
Além de tocar seus principais hits, como "Aquele 1%", parceria com a dupla Marcos & Belutti, "Camarote", "Vou Dar Virote", "Muito Gelo e Pouco Whisky" e "Novinha Vai No Chão", Safadão também guardou espaço para "filosofar" bem ao estilo "conselheiro sentimental".
"Amor só de mãe. Paixão só de Cristo. E quem quiser me amar, que sofra", disse para o público. Logo depois, resumiu a sua apresentação: "Costumo dizer que todo relacionamento começa com Jorge & Mateus e termina com a ´sofrência´ de Pablo. Mas, se você quer dar a volta por cima, é só com o Safadão". E emendou na sequência dizendo que não existe sofrimento que "uma ´lapada´ bem lada na resolva". "Comigo é assim: lapada, lapada, lapada".
Mas na plateia estavam também os fãs fiéis de Safadão, como foi o caso da mineira Débora Paiva, 34, que há um ano mora em São Paulo. "Sou apaixonada por ele. Já vi shows do Garota Safada em Fortaleza e em Salvador", disse. "Em São Paulo é a primeira vez que assisto aos seus shows. Das outras vezes eu tentei ir, mas sempre esgotava muito rápido", lembrou.
Como já estava com a plateia em suas mãos, talvez Safadão não precisaria ter apelado no final do show a truques baratos para conquistar o público. O cantor dedicou cerca de cinco minutos em um medley dos funks "Tá Tranquilo, Tá Favorável", "Baile de Favela" e até o antigo "Um Morto Muito Louco". A resposta da audiência foi ótima, mas as faixas desnecessárias.
Durante o Lollapalooza deste ano, o duo Jack Ü homenageou o artista tocando algumas de suas músicas no palco principal do festival. Se até no exterior a fama de Safadão já chegou, para terminar de conquistar o público brasileiro só faltava mesmo ele se apresentar no Villa Country. Agora não falta mais nada.