Segundo o especialista, a preocupação maior das autoridades sanitárias do mundo é a relação da enfermidade com a microcefalia e a Síndrome de Guillain-Barré
(rara doença neurológica que pode causar paralisia). "Ela atinge todas
as faixas etárias e quem tem outras comorbidades, como hipertensão,
diabetes ou problemas renais graves, tem que ficar mais atento ainda",
aponta.
Ainda de acordo com Nélio, por si só, a Zika é uma virose menos agressiva que a dengue,
por exemplo, no entanto, não deve ser ignorada. "É preciso que nos
primeiros sintomas, como febre e dores nas articulações, a pessoa
procure um posto de saúde".
O Ceará
confirmou, até o último dia 4, oito óbitos por microcefalia em seis
municípios: Fortaleza, com três; JucásMaracanaú, Morrinhos, Russas e
Tejuçuoca, cada um com uma morte comprovada em decorrência da doença ou
por infecção congênita, ou seja, os exames detectaram ligação com o Zika
vírus ou outro agente infeccioso. Os dados fazem parte do mais recente
boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado
(Sesa).
Como ocorre a transmissão?
Assim como os vírus da dengue e do chikungunya, o vírus da zika também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
Quais são os sintomas?
Os principais sintomas da doença provocada pelo vírus da zika são
febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor muscular. A evolução
da doença costuma ser benigna e os sintomas geralmente desaparecem
espontaneamente em um período de 3 até 7 dias.
Como é o tratamento?
Não há vacina nem tratamento específico para a doença. Segundo
informações do Ministério da Saúde, os casos devem ser tratados com o
uso de paracetamol ou dipirona para controle da febre e da dor. Assim
como na dengue, o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina) deve ser
evitado por causa do risco aumentado de hemorragias.