sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Acusado de matar modelo fica preso

O acusado de matar o modelo Johnny Moura Melo, após uma festa em um buffet, no dia 27 de dezembro de 2015, na Avenida Luiz Vieira, bairro Dunas, teve a prisão preventiva decretada, na tarde de ontem, pela juíza Adriana da Cruz Dantas, que responde pela Vara Única Privativa de Audiências de Custódia de Fortaleza. O agente penitenciário Renílson Garcia Araújo Lima foi detido dois dias após o crimes e estava sendo custodiado temporariamente, na carceragem da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Na decisão a magistrada considerou que o homicídio ocorreu em via pública, em horário e local de grande circulação de pessoas e o disparo de arma de fogo foi efetuado contra a cabeça da vítima, conforme informações do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). A juíza também teria entendido como motivo para a conversão da prisão, o fato do suspeito e o acusado terem brigado dentro da festa. Ocasião em que o modelo teria acertado um soco na boca do acusado, que esperou a vítima sair do local e efetuou o disparo fatal.

Para Adriana Dantas, o agente penitenciário expôs a perigo as demais pessoas que se encontravam nas proximidades. "Tais circunstâncias demonstram a gravidade, a ousadia e o sentimento de desprezo do representado pela vida humana, além do destemor às leis do Estado, mormente tratando-se de um agente penitenciário, e às regras de convivência social, evidenciando ser necessária a decretação da sua prisão para a garantia da ordem pública", concluiu a magistrada em sua determinação.

Flagrante nulo

O advogado Delano Cruz, que representa Renilson Lima, disse que fez um pedido para a juíza da Vara de Audiências de Custódia decretasse a nulidade do flagrante-delito lavrado pela DHPP contra seu cliente. A magistrada concordou com o pedido, se baseando no argumento da defesa, que as buscas pelo agente penitenciário não foram ininterruptas. "Ela anulou o flagrante, mas decretou a prisão preventiva alegando que é em garantia da ordem pública", disse Cruz.

O advogado disse que vai esperar 72 horas, até que o processo seja distribuído para uma Vara do Júri, para pedir a revogação da decisão. "Renilson tem todos os requisitos para responder ao processo em liberdade. O que aconteceu foi um fato isolado na conduta dele, uma tragédia", declarou Delano Cruz em favor do acusado.